Um confronto entre agentes da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina ( PMSC ) e suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas no Morro do Mocotó, região central de Florianópolis, terminou com dois homens baleados — um deles passará por cirurgia. Segundo a PMSC, o tiroteio aconteceu no momento em que a PMSC fazia uma patrulha na comunidade, por volta das quatorze horas e quarenta minutos desta quinta-feira ( doze de setembro de dois mil e dezenove).
A PMSC considera que os homens baleados, de vinte e um e vinte e dois anos, atuariam junto ao tráfico de drogas. O confronto teria acontecido, de acordo com a PMSC, depois que um deles disparou contra a polícia.
Os dois foram socorridos e levados ao hospital, onde permanecem sob custódia policial, e estão fora de perigo. Um deles foi baleado na perna e outro próximo à costela. A dupla será autuada em flagrante assim que receber alta, segundo a PMSC.
A PMSC também informou que a arma usada para disparar contra os policiais era uma pistola de uso restrito, roubada de um policial militar de folga no ano de dois mil e dezoito. Além da arma, os policiais também apreenderam dois quilogramas de maconha no local.
Quatro policiais atuavam na patrulha. Ainda segundo a polícia, outros suspeitos de envolvimento com o tráfico, que estavam no local, conseguiram fugir.
O confronto aconteceu próximo à Associação dos Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó ( ACAM ), projeto que atende a cento e noventa crianças em contraturno escolar na comunidade.
Fernanda de Souza Sardá, coordenadora do projeto, estava no local no momento do tiroteio e contou que os disparos foram perto da ACAM. Cerca de cento e dez crianças eram atendidas no espaço quando houve o confronto, segundo ela.
— Não é uma coisa comum. Hoje os tiros foram muito perto da casa onde funciona o projeto. As crianças entraram em pânico, ficaram muito assustadas, se jogaram no chão — relata Fernanda.
Ainda conforme Fernanda, a ambulância que socorreu os dois jovens baleados só chegou ao local cerca de 40 minutos depois que eles foram alvejados. Moradores da comunidade teriam reclamado da forma como a polícia conduziu a operação.
Procurado pela reportagem, o subcomandante do quarto Batalhão da Polícia Militar ( 4º BPM ), major Rodrigo Serafin, declarou que toda a ação dos policiais foi registrada pelas câmeras corporais e disse que as imagens serão analisadas nesta sexta-feira ( treze de setembro de dois mil e dezenove ). Ainda conforme o major, um inquérito interno vai apurar a conduta dos agentes.
Sobre a demora no atendimento, Serafin disse que o socorro aos jovens demorou cerca de quinze minutos, ressaltando que o acesso ao local era difícil. Ainda conforme ele, os policiais são orientados a agir com respeito à comunidade.
Com informações do jornal Diário Catarinense.
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