O trabalho é atividade fundamental para a consciência humana desde temos imemoriais. O ser humano não é definido coo fabricante de ferramentas, mas a produção de ferramentas e a adoção de métodos de trabalho sistemáticos, deliberados e organizados são características específicas e singulares da atividade humana. O trabalho, portanto, há milênios é objeto de interesse profundo.
E o que sempre foi objeto de interesse profundo se tornou ainda mais central com a Revolução Industrial. As teorias econômicas e sociais dos últimos duzentos e cinquenta anos giram em torno do trabalho.
No entanto, por mais fundamental que tenha sido o trabalho durante todo esse tempo, o estudo organizado só começou nas últimas décadas do século dezenove. Frederick W. Taylor foi a primeira pessoa na história escrita a considerar o trabalho merecedor de observação e de estudo sistemático. Deve-se, acima de tudo, à administração científica de Taylor o tremendo surto de afluência dos últimos cem anos, que ergueu as massas trabalhadoras ao mundo desenvolvido bem acima de qualquer nível registrado antes, mesmo para os bem de vida. No entanto, Taylor, mesmo tendo sido o Isaac Newton ( ou, talvez o Arquimedes ) da ciência do trabalho construiu apenas os primeiros alicerces. e pouco se erigiu sobre eles desde então.
O trabalhador tem recebido ainda menos atenção - e o trabalhador do conhecimento, até agora, quase nada. Retórica há muita, mas os estudos se restringem a apenas alguns aspectos do trabalho.
Há a psicologia industrial, tratando das relações de coisas como iluminação, ferramentas e velocidade das máquinas, projeto do local de trabalho, e assim por diante, com o ser humano na condição de trabalhador. Nessa área, os trabalhos fundamentais foram realizados durante os primeiros aos do século vinte, nos estudos sobre fadiga e visão de Hugo Muenstemberg, alemão nato, psicólogo de Harvard. Cyril Burt, inglês, poderia ser chamado o pai da psicologia industrial. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele estudou as aptidões, ou seja, as relações entre as demandas de um trabalho manual específico e as habilidades físicas, a coordenação motora e as reações dos trabalhadores individuais. Finalmente, no começo do século vinte, o australiano nato Elton Mayo, trabalhando basicamente em Harvard, desenvolveu as relações humanas, ou seja, o estudo das interações das pessoas que trabalham juntas - embora o trabalho de relações humanas em si, em contexto mais amplo, ou seja, a tarefa a ser feita, quase não tenha recebido atenção.
A totalidade trabalhador e execução do trabalho, a totalidade tarefa e emprego, a percepção e a personalidade, a comunidade do trabalho, as recompensas e as relações de poder praticamente não receberam atenção. É possível que tudo isso seja complexo demais para chegar a ser efetivamente compreendido.
Mas o gestor não pode esperar que os cientistas e os acadêmicos façam a sua parte. Tampouco o trabalhador. O gestor precisa gerenciar a realidade do presente e por em ação o pouco que se sabe. O gestor deve garantir a produtividade do trabalho e a capacidade de realização do trabalhador. Portanto, convém definir o que é sabido sobre o trabalho e sobre a execução do trabalho. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.
Mais em
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/organizacao-do-trabalho-conhecimento-academico-versus-experiencia-profissional/112796/
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