Em todas as empresas há capital fixo ou permanente - ou seja, dinheiro investido permanentemente em prédios, máquinas e equipamentos. E há capital circulante líquido ou capital de giro, dinheiro aplicado em estoques, por exemplo, ou em crédito concedido aos clientes ( denominado geralmente de contas a receber ). O capital fixo e o capital circulante líquido, embora ambos sejam capital, exigem diferentes abordagens na gestão de sua produtividade. Muitas empresas usam métodos sofisticados para tomar decisões sobre investimentos de capital. Mas depois que se tomam as decisões, geralmente se dispõe de muito poucas informações sobre a produtividade dos ativos resultantes desses investimentos.
A maioria dos empresários sabe que nada é mais perdulário nos ativos fixos que o tempo não trabalhado ou tempo ocioso. No entanto, poucos se dão conta de assumir - produção contínua conforme padrões preestabelecido para determinado ativo fixo, seja um laminador numa usina siderúrgica, seja uma unidade de espaço de venda numa loja ou um leito em hospital. A contabilidade de custos-padrão, em outras palavras, não mede nem controla o maior item de custo isolado de um ativo fixo: o custo da não produtividade do capital.
Do mesmo modo, a contabilidade de custos precisa assumir um mix de produtos padrão, ainda que os custos e receitas variem muito entre as diferentes combinações ( talvez mais para o leito de hospital, entre todas as diferentes modalidades de investimentos de capital ). A administração do tempo ocioso e do mix de produtos é a maioria mais eficaz de melhorar a produtividade do capital para a maioria dos investimentos em ativos fixos. Para tanto, contudo, é preciso primeiro saber quanto tempo não está sendo trabalhado, ou a quantidade de tempo ocioso, e por quê. É necessário conhecer a economia das várias combinações de produtos, ou mixes de produtos. Em outras palavras, é preciso dispor de informações econômicas sobre a produtividade do capital, além de dados analíticos do modelo contábil. Nessas condições, é possível melhorar em muito a utilização do tempo e, em consequência, a produtividade do capital fixo.
Mas o capital circulante liquido deve ser medido e gerenciado de maneira diferente. Mas, ao contrário dos ativos fixos, o capital circulante líquido não é capital produtivo, e sem capital de apoio. Ele não cria riqueza, ou seja, bens e serviços. Ele leva bens e serviços ao mercado ou financia o intervalo entre o pagamento da produção e o pagamento da compra. Portanto, a pergunta a ser feita é: "O que ele apoia e o que deve apoiar?".
Contas a receber - ou seja, o crédito concedido pela empresa aos clientes - é o exemplo óbvio. As empresas em geral avaliam a administração de crédito e cobrança pela proporção de crédito recuperado. "Nossa concessão de crédito é de primeira classe, pois perdemos menos de um por cento.", esse é o comentário ouvido com frequência. Mas as empresas industriais não atuam no setor financeiro nem, considerando o custo de capital, poderiam competir com os bancos. Elas concedem crédito para fazer vendas lucrativas. Assim, qual deve ser o objetivo da política de crédito quanto à criação de mercados, ao lançamento de produtos, à ampliação das vendas e ao aumento dos lucros - com a experiência de perdas baixas como restrição, não como objetivo ou indicador? Todas as empresas que fizeram essa pergunta constataram que:
a) destinam a maior parte do crédito às fontes dos menores retornos e
b) concedem a menor parte do crédito às fontes dos menores retornos.
Durante um período de três a quatro anos, as empresas que trabalham sistematicamente com a produtividade do capital aplicado em contas a receber podem esperar que com dois terços do dinheiro hoje dedicado a crédito é possível financiar volume de vendas maior e mais lucrativo. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.
Mais em
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/produtividade-do-capital-o-investimento-em-contas-a-receber/110482/
Do mesmo modo, a contabilidade de custos precisa assumir um mix de produtos padrão, ainda que os custos e receitas variem muito entre as diferentes combinações ( talvez mais para o leito de hospital, entre todas as diferentes modalidades de investimentos de capital ). A administração do tempo ocioso e do mix de produtos é a maioria mais eficaz de melhorar a produtividade do capital para a maioria dos investimentos em ativos fixos. Para tanto, contudo, é preciso primeiro saber quanto tempo não está sendo trabalhado, ou a quantidade de tempo ocioso, e por quê. É necessário conhecer a economia das várias combinações de produtos, ou mixes de produtos. Em outras palavras, é preciso dispor de informações econômicas sobre a produtividade do capital, além de dados analíticos do modelo contábil. Nessas condições, é possível melhorar em muito a utilização do tempo e, em consequência, a produtividade do capital fixo.
Mas o capital circulante liquido deve ser medido e gerenciado de maneira diferente. Mas, ao contrário dos ativos fixos, o capital circulante líquido não é capital produtivo, e sem capital de apoio. Ele não cria riqueza, ou seja, bens e serviços. Ele leva bens e serviços ao mercado ou financia o intervalo entre o pagamento da produção e o pagamento da compra. Portanto, a pergunta a ser feita é: "O que ele apoia e o que deve apoiar?".
Contas a receber - ou seja, o crédito concedido pela empresa aos clientes - é o exemplo óbvio. As empresas em geral avaliam a administração de crédito e cobrança pela proporção de crédito recuperado. "Nossa concessão de crédito é de primeira classe, pois perdemos menos de um por cento.", esse é o comentário ouvido com frequência. Mas as empresas industriais não atuam no setor financeiro nem, considerando o custo de capital, poderiam competir com os bancos. Elas concedem crédito para fazer vendas lucrativas. Assim, qual deve ser o objetivo da política de crédito quanto à criação de mercados, ao lançamento de produtos, à ampliação das vendas e ao aumento dos lucros - com a experiência de perdas baixas como restrição, não como objetivo ou indicador? Todas as empresas que fizeram essa pergunta constataram que:
a) destinam a maior parte do crédito às fontes dos menores retornos e
b) concedem a menor parte do crédito às fontes dos menores retornos.
Durante um período de três a quatro anos, as empresas que trabalham sistematicamente com a produtividade do capital aplicado em contas a receber podem esperar que com dois terços do dinheiro hoje dedicado a crédito é possível financiar volume de vendas maior e mais lucrativo. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.
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http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/produtividade-do-capital-o-investimento-em-contas-a-receber/110482/
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