Algumas empresas, na verdade, até muitas empresas, sobretudo as grandes e complexas, sofrem do mal de organizite. Todos se preocupam com a organização. A reorganização é um processo contínuo. No primeiro sinal de problema, mesmo que apenas um desentendimento sobre especificações, entre um agente de compras e o pessoal de engenharia, logo se grita pelos doutores em reorganização, sejam consultores externos ou pessoal interno. E nenhuma solução organizacional nunca dura muito tempos. Na verdade, mal se dá tempo para que os novos arranjos organizacionais sejam testados e comprovados na prática, antes de se partir para outro estudo organizacional.
Em alguns casos, essa situação realmente sugere má organização. A organizite se manifesta na hipótese de a estrutura organizacional não considerar os fundamentos. É, sobretudo, consequência de não se repensar e de não se reestruturar a organização quando ocorrem mudanças fundamentais no tamanho e na complexidade da empresa ou em sua estratégia e objetivos.
Porém, com a mesma frequência, a organizite é moléstia autoinfligida e manifestação de hipocondria. Portanto, é importante enfatizar que as mudanças organizacionais não devem ser empreendidas com frequência nem de maneira superficial. A reorganização é uma forma de cirurgia, e mesmo as pequenas cirurgias sempre envolvem riscos.
Deve-se resistir às demandas de estudos da organização ou a projetos de reorganização em resposta a pequenas mazelas. nenhuma organização jamais será perfeita. Um mínimo de atrito, de incongruência e de confusão organizacional é inevitável. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.
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