quinta-feira, 5 de abril de 2018

Epidemiologia: Adm. Cláudio Márcio participa de videoconferência sobre pneumáticos

O administrador Cláudio Márcio Araújo da Gama (CRA-SC 24.673), terceiro na foto, representou a Secretaria de Estado da Casa Civil (SCC), nesta quarta-feira, dia quatro de abril de dois mil e dezoito, na Sala Estadual de Coordenação e Controle (SECC/SC) em videoconferência sobre recolhimento de produtos pneumáticos descartados. Estes produtos são depósitos de água em potencial para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulga o boletim número seis de dois mil e dezoito sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, com dados até a Semana Epidemiológica (SE) número treze (de trinta e um de dezembro de dois mil e dezessete a trinta e um de março de dois mil e dezoito).
                         
Vigilância entomológica do Aedes aegypti

No período de trinta e um de dezembro de dois mil e dezessete a trinta e um de março de de dois mil e dezoito, foram identificados seis mil novecentos e vinte e nove focos do mosquito Aedes aegypti em cento e trinta e dois municípios. Nesse mesmo período em dois mil e dezessete, haviam sido identificados quatro mil duzentos e oito focos em cento e dezesseis municípios, conforme as figuras um e dois (em http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/681-boletim-epidemiologico-n-06-2018-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-31-03-2018-se-13-2018 ). O aumento do número de focos na semana epidemiológica número dez está associado ao Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), no qual ocorre a coleta de larvas para o conhecimento do Índice de Infestação Predial (IIP).

O número de focos de dois mil e dezoito é sessenta e quatro vírgula sete por cento maior quando comparado ao mesmo período do ano de dois mil e dezessete.

Em relação à situação entomológica, até a semana epidemiológica número treze de dois mil e dezoito já são sessenta e sete municípios considerados infestados, o que representa um incremento de vinte e um vírgula oito por cento em relação ao mesmo período de dois mil e dezessete, que registrou cinquenta e cinco municípios nessa condição, como se pode ver na tabela um (em http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/681-boletim-epidemiologico-n-06-2018-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-31-03-2018-se-13-2018 ). Em comparação ao último boletim, houve a inclusão dos municípios de Bom Jesus do Oeste e Penha como infestados.

A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

Dengue

No período de trinta e um de dezembro de dois mil e dezessete a trinta e um de março de dois mil e dezoito, foram notificados seiscentos e quinze casos de dengue em Santa Catarina. Desses, cinco (um por cento) foram confirmados (todos pelo critério laboratorial), dezessete (dois por cento) estão inconclusivos (classificação utilizada no SINAN para os casos que, após sessenta dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada), quatrocentos e noventa (oitenta por cento) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e cento e três (dezessete por cento) estão sob investigação pelos municípios.

Do total de casos confirmados até o momento, dois são autóctones (transmissão dentro do Estado), ambos residentes no município de Itapema, e três são importados (transmissão fora do Estado), residentes nos municípios de Biguaçu, Porto União e São José, apresentando, respectivamente, os estados do Mato Grosso do Sul, da Bahia e da Paraíba como local provável de infecção, segundo as tabelas dois e três (em http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/681-boletim-epidemiologico-n-06-2018-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-31-03-2018-se-13-2018 ). Em comparação com o último boletim, houve a confirmação dos dois casos autóctones.

As medidas de controle vetorial, incluindo a aplicação de inseticida a ultra baixo volume (UBV) já foram realizadas no município de Itapema. Em comparação com o último boletim, houve a confirmação dos dois casos autóctones.

Na comparação com o mesmo período de dois mil e dezessete, quando foram notificados mil duzentos e cinquenta e oito casos, observa-se uma redução de cinquenta e um por cento na notificação de casos em dois mil e dezoito (seiscentos e quinze casos notificados), de acordo com a figura três (em http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/681-boletim-epidemiologico-n-06-2018-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-31-03-2018-se-13-2018 ).

Em dois mil e dezoito, até o momento, foram confirmados cinco casos no Estado; no mesmo período, em dois mil e dezessete, também haviam sido confirmados cinco casos, como mostra a Figura quatro ( em http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/681-boletim-epidemiologico-n-06-2018-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-31-03-2018-se-13-2018 ).

Febre de chikungunya

No período de trinta e um de dezembro de dois mil e dezessete a trinta e um de março de dois mil e dezoito, foram notificados cento e vinte e nove casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, cinco (quatro por cento) foram confirmados (todos pelo critério laboratorial), oitenta e quatro (sessenta e cinco  por cento) foram descartados, quarenta (trinta e um por cento) permanecem como suspeitos sendo investigados pelos municípios.

Do total de cinco casos confirmados até o momento, três são importados (transmissão fora do Estado) e dois são autóctones (transmissão dentro do Estado), ambos residentes no município de Cunha Porã, como se pode ver nos dados das tabelas quatro e cinco ( em http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/681-boletim-epidemiologico-n-06-2018-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-31-03-2018-se-13-2018 ).

Na comparação com o mesmo período de dois mil e dezessete, quando foram notificados cento e sessenta e oito casos, observa-se uma redução de vinte e três por cento na notificação em dois mil e dezoito (cento e vinte e nove casos notificados).
Em relação aos casos confirmados no mesmo período de dois mil e dezessete, foram doze importados e nenhum autóctone.

Zika vírus

No período de trinta e um de dezembro de dois mil e dezessete a trinta e um de março de dois mil e dezoito, foram notificados trinta e cinco casos de zika vírus em Santa Catarina, vinte e sete (setenta e sete por cento) foram descartados, sete (vinte por cento) permanecem como suspeitos e um (três por cento) como inconclusivo, conforme a tabela seis ( em http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/681-boletim-epidemiologico-n-06-2018-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-31-03-2018-se-13-2018 ).

Na comparação com o mesmo período de dois mil e dezessete, quando foram notificados trinta e nove casos, observa-se uma redução de dez por cento na notificação em dois mil e dezoito (trinta e cinco casos).

Situação das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC

Em dois mil e dezoito, a Sala Estadual mantém a participação nas videoconferências que são realizadas mensalmente com a Sala Nacional, discutindo o cenário entomológico e as ações que serão realizadas ao longo do ano, tais como: visitas bimestrais aos imóveis das áreas infestas, realização do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) e fortalecimento da atuação das Salas Estaduais.

A Sala ainda mantém a orientação para que todos os municípios infestados continuem com suas salas de situação em funcionamento, com o objetivo de desencadear ações intersetoriais para o controle do Aedes aegypti.

Os sessenta e quatro municípios infestados receberam orientações para realizar o LIRAa/LIA até o dia quinze de março, atendendo solicitação do Ministério da Saúde. Dos sessenta e três municípios que realizaram a atividade, o município de São José foi a exceção, dezessete (vinte e sete por cento) apresentaram alto rico para a transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, trinta e três (cinquenta e dois vírgula quatro por cento) apresentaram médio risco e treze (vinte vírgula seis por cento) baixo risco (tabela sete e figura cinco em http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/681-boletim-epidemiologico-n-06-2018-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-31-03-2018-se-13-2018). Destaca-se que, dos dezessete municípios em alto risco, quinze estão localizados na região oeste e dois na região da Foz do Rio Itajaí.

Ainda por meio dessa atividade, foram inspecionados quarenta e cinco mil setecentos e cinco recipientes que continham água, sendo os principais: lixo, sucata e recipientes móveis (pratinhos de plantas, baldes, entre outros). Essa informação aponta para a presença de uma quantidade significativa de recipientes no ambiente, gerando as condições favoráveis à reprodução do Aedes aegypti.

Assim, a intensificação das ações mostra-se fundamental, para eliminar e adequar locais que podem servir para a reprodução do mosquito, reduzindo o risco de transmissão dessas doenças.

Enfatiza-se que, no período de nove a quinze de abril, será realizada uma ação no município de Cunha Porã, envolvendo também a Gerência Regional de Saúde da Agência de Desenvolvimento Regional de Chapecó, técnicos auxiliares de saúde pública da Secretaria de Estado da Saúde, o Coordenador Regional da Defesa Civil de Chapecó e Bombeiros Militares. A atividade objetiva intensificar as ações tanto de eliminação, adequação e tratamento químico de recipientes, quanto de inspeção de depósitos de difícil acesso (como caixas d´água e calhas).

O que é dengue?

Dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.

A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas mais leves (oligossintomáticas) até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue circulantes no mundo (DEN-um, DEN-dois, DEN-três e DEN-quatro) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O termo “dengue hemorrágica” deixou de ser empregado em dois mil e quatorze, quando o Brasil passou a utilizar a nova classificação da doença, que leva em consideração que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

Sinais e sintomas

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (trinta e nove a quarenta graus centígrados) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em cinquenta por cento dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Com a diminuição da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite. No entanto, alguns pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, caracterizada pelo aparecimento de sinais de alarme, que podem indicar o deterioramento clínico do paciente.

Quadros graves

Sangramentos de mucosas (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura são considerados sinais de alarme. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade.

O choque ocorre quando um volume crítico de plasma (parte líquida do sangue) é perdido através do extravasamento nos vasos sanguíneos, ele se caracteriza por pulso rápido e fraco, diminuição da pressão de pulso, extremidades frias, demora no enchimento capilar, pele pegajosa e agitação. O choque é de curta duração e pode, após terapia apropriada, evoluir para uma recuperação rápida; mas, pode também avançar para o óbito, num período de doze a vinte e quatro horas.

Qualquer pessoa pode desenvolver formas graves de dengue já na primeira infecção, apesar de isso ocorrer com maior frequência entre a segunda ou terceira infecção, devido à resposta imune individual. No entanto, crianças, gestantes e idosos, além daqueles em situações especiais (portadores de hipertensão arterial, diabetes melitus, asma brônquica, alergias, doenças hematológicas ou renais crônicas, doença grave do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença autoimune), têm maior risco de apresentar quadros graves de dengue.

Atenção: na presença de sinais de alarme, o paciente deve retornar imediatamente ao serviço de saúde.

Pessoas que estiveram, nos últimos quatorze dias, numa cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados.

O que é febre de chikungunya?

É uma infecção viral causada pelo vírus chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir para as fases subaguda (com persistência de dor articular) e crônica (com persistência de dor articular por meses ou anos). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa "aquele que se curva".

Pessoas que estiveram, nos últimos quatorze dias, em cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da febre de chikungunya e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados.

O que é febre do zika vírus?

É uma doença causada pelo vírus zika (ZIKAV), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de três a sete dias, geralmente sem complicações graves.

Segundo a literatura, mais de oitenta por cento das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, caracterizam-se pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

  •       evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
  •       guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  •       mantenha lixeiras tampadas;
  •       deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  •       plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  •       trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  •       mantenha ralos fechados e desentupidos;
  •       lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
  •       retire a água acumulada em lajes;
  •       dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
  •       mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
  •       evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
  •     denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
  •     caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

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