A execução do trabalho é a atividade do trabalhador; é a atividade do ser humano e parte essencial da humanidade. Ela não tem lógica. Tem dinâmica e dimensões. A execução do trabalho tem ao menos cinco dimensões. Em todas elas, o trabalhador precisa realizar para ser produtivo.
Sempre há uma relação de poder implícita no trabalho em grupo e, principalmente, no trabalho em organizações. O fazendeiro do passado que arava suas terras áridas precisava impor-se uma disciplina muito rígida. O que ele queria fazer não era muito relevante se a época era de colheira e armazenamento. Mas as forças a que estava subordinado eram impessoais. Era frio ou calor, seca ou chuva, ou s injunções inexoráveis do mercado. Porém, em qualquer organização, não importa quão pequena, é preciso haver autoridade pessoal. Os membros da organização estarão subordinados à vontade alheia.
As imposições do relógio à vida das pessoas, que as forças a vir para o trabalho a determinada hora, talvez pareçam simples exercícios de poder, que afetam todos os indivíduos da mesma maneira. Mas representaram um choque tremendo para as populações da era pré-industrial, tanto para os camponeses dos países em desenvolvimento quanto para os antigos artífices nas oficinas da Inglaterra, nos primeiros anos da Revolução Industrial, ou para os negros dos guetos das cidades americanas de hoje. Nas organizações, os cargos devem ser definidos, estruturados e distribuídos. O trabalho deve ser executado de acordo com a programação e em seguida predeterminada. As pessoas são promovidas ou demitidas. Em síntese, a autoridade deve ser exercida por alguém.
Os anarquistas estão certos na afirmação de que organização é alienação. Os teóricos da organização moderna, como Chris Argyris, da Howard University, que imaginam sem alienação, são românticos ( embora muitas de suas propostas concretas de participação sejam altamente construtivas, e necessárias ). A sociedade moderna é uma sociedade de empregados, e continuará sendo assim, pelo menos na visão de Peter F. Drucker. Isso significa relações de poder que afetam a todos diretamente e e em suas condições como trabalhador. A autoridade é dimensão essencial do trabalho. Ela tem pouco ou nada a ver com a propriedade dos meios de produção, com democracia no local de trabalho, com representação dos trabalhadores nos conselhos de administração ou com qualquer outra maneira de estruturar o sistema. É algo inerente à realidade as organizações. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.
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