Quase todos os trabalhadores hoje são e continuarão sendo empregados durante toda a vida economicamente ativa, trabalhando para alguém mediante remuneração. O que pode mudar é a forma de contratação.
Os Estados Unidos se transformaram em sociedade de empregados. Há cem anos, apenas um em cada cinco trabalhadores americanos era empregado, ou seja, trabalhava para outra pessoa ou organização. Hoje, o índice se reverteu. Apenas um em cada cinco trabalhadores americanos é autônomo. E, enquanto há meio século ser empregado significava trabalhar como operário de fábrica ou como agricultor, o empregado de hoje é, cada vez mais, membro da classe média, com alta escolaridade, exercendo função profissional ou gerencial, que exige qualificações intelectuais e técnicas. Com efeito, duas características marcaram a sociedade americana nos últimos cem anos: as classes média e alta passaram a ser compostas de empregados e os empregados de classe média e alta se tornaram os grupos em crescimento mais acelerado da população trabalhadora - aumentando com tanta rapidez que o trabalhador industrial, a prole mais velha da Revolução Industrial, vem perdendo relevância numérica, não obstante a expansão da produção industrial.
Esta é uma das mudança sociais mais profundas por que já passaram os Estados Unidos. Trata-se, talvez, de uma mudança ainda maior para os jovens que estão começando agora. O que quer que façam, com toda a probabilidade, eles o farão como empregados, ainda que oficialmente a forma de contratação seja outra.
No entanto, muito pouco já se escreveu sobre o que é ser empregado. o que não falta são os conselhos duvidosos sobre conseguir emprego ou como ser promovido. Muito também se encontra sobre o trabalho em determinada área de atuação, em metalurgia ou em vendas, como operador de máquina ou como contador. Cada um destes ofícios requer diferentes habilidades, impõe diferentes padrões e requer diferente formação e treinamento. No entanto, todos têm em comum a empregabilidade. E, cada vez mais, mormente nas grandes empresas ou órgãos públicos, a empregabilidade é mais importante para o sucesso que o conhecimento ou as qualificações profissionais. Decerto, mais pessoas fracassam hoje por ignorarem as exigências para ser empregado que por não possuírem em grau adequado as habilidades do ofício. Quando mais se escala a hierarquia, quanto mais se exercem funções administrativas ou executivas, maior a ênfase na capacidade de trabalhar em organizações, em vez de na competência técnica ou no conhecimento profissional.
Portanto, a empregabilidade - ou a capacidade de ser empregado - é uma das características mais comuns da maioria das carreiras hoje. As profissões ou as qualificações são visíveis e definidas com clareza, e uma sequência bem elaborada de cursos, diplomas e empregos é o meio para cumprir esse requisito. Mas ser empregável é o fundamento. E é muito mais difícil preparar-se para atender a esta exigência. Todavia, não há informações sistemáticas sobre a arte de ser empregado. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.
Mais em
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/sociedade-do-conhecimento-a-empregabilidade-como-principal-virtude/113213/
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