A Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina ( SC ) ( SED / SC ) concedeu prazo de cinco dias para que a empresa responsável por fornecer máscaras a escolas estaduais troque ou faça o ressarcimento do valor pago. A ação acontece após itens com qualidade inferior ao que foi licitado pela pasta terem sido encontrados por alunos e professores.
As máscaras foram adquiridas por meio de pregão eletrônico no ano passado ( dois mil e vinte ). O equipamento de proteção individual ( EPI ), conforme as especificações exigidas pela SED, deveria ter três camadas, clips nasal e filtragem bacteriana acima de noventa e cinco por cento. Itens com duas e até mesmo uma camada foram encontrados no pacote enviado.
A empresa foi notificada na segunda-feira ( vinte de setembro de dois mil e vinte e um ). Ao G1, um dos representantes da WWT Comercial Importadora e Exportadora, empresa vencedora do pregão, disse que vai fazer a troca de todas as máscaras que estiverem em desacordo com o edital, desde que a SED enumere quantas precisam de substituição.
A SED também solicitou que a empresa justifique o que aconteceu apresentando comprovantes. Foram compradas mais de vinte e um milhões de máscaras pelo valor de quatro milhões de reais.
A compra das máscaras foi investigada pelo Ministério Público de Contas do Estado de SC ( MPC / SC ). Um levantamento do órgão apontou irregularidades, entre elas em relação à qualidade do equipamento. O Tribunal de Contas do Estado de SC ( TCE / SC ) concedeu prazo de sessenta dias para que a pasta esclareça os fatos.
Como foi a compra das máscaras
A empresa vencedora da licitação para compra de máscaras foi a Rama Comércio e Importação de Produtos Personalizados, que hoje tem o nome de WWT Comercial Importadora e Exportadora Ltda.
A entrega deveria ter acontecido em dezembro de dois mil e vinte. Contudo, alegando que o item estava em falta com seus fornecedores, a Rama pediu prorrogação do prazo de entrega duas vezes.
Foi solicitada também pela empresa de Palhoça ( na zona sul da Região Metropolitana da Capital Catarinense ), a troca do fabricante das máscaras. A marca apresentada no edital foi substituída pela Art Cor Brasil, com sede no Estado de São Paulo ( SP ).
A ação foi aceita pelo governo e, em abril, uma comissão de servidores assinou cinco termos de recebimento dos itens. Uma vistoria não apontou a presença de alguma máscara diferente do que foi licitado.
A empresa chegou a enviar um laudo que mostrava a qualidade das máscaras do novo fabricante para o governo de SC. A veracidade foi atestada por meio de uma troca de e-mails com o laboratório responsável pela perícia.
O laudo mostra que a máscara tem mais de noventa e cinco por cento de filtração de bactérias. Contudo, ele foi feito em uma de três camadas, diferente da que foi encontrada em escolas estaduais.
Com informações de:
Catarina Duarte ( catarina.santos@somosnsc.com.br ).
Mais em:
*Com informações do G1 SC
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