Os bloqueios golpistas nas rodovias do Estado de santa Catarina ( SC ) na última semana são alvo de um relatório entregue ao Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) nesta terça-feira ( Oito de novembro de Dois mil e vinte e dois ). O documento traz informações sobre uma organização criminosa suspeita de financiar o movimento em SC, que chegou a ter Cento e trinta e seis pontos bloqueados ilegalmente na última semana. Entre os "patrocinadores", segundo o Ministério Público do Estado de SC ( MPSC ), estão empresários e agentes públicos.
Conforme o Promotor-Geral de Justiça ( PGJ ) do MPSC, Fernando da Silva Comin, desde Trinta de outubro equipes monitoravam as ações dos manifestantes em SC. O motivo para os bloqueios era o descontentamento antidemocrático com o resultado das eleições, que terminaram com a vitória do ex-presidente Lula ( do Partido dos Trabalhadores - PT ).
— Elaboramos um relatório de toda a atuação do MPSC e de outros órgãos, desde o Trinta de outubro quando começaram as primeiras movimentações [...]. Foi um relato minucioso da nossa atuação e também o que identificamos pelas equipes de inteligência — disse Comin em entrevista à rádio Central Brasileira de Notícias ( CBN ) 740kHz-AM de Florianópolis.
Foi por meio deste relatório que o grupo identificou a existência de uma organização criminosa que estaria incentivando lideranças comunitárias e movimentos de caminhoneiros para que realizassem essa manifestação. Os agentes atuavam nos bastidores dando apoio não só financeiro, mas também logístico aos participantes.
— O que nos preocupou é que, além do financiamento, essas manifestações passaram a alcançar um grau de perigo, onde passaram a ser violentas, inclusive com emprego de violência contra as forças policiais — explica Comin.
Como trouxe a colunista do NSC Total, Dagmara Spautz, o documento aponta que o grupo está por trás da estrutura de alimentação, logística, banheiros químicos, entre outras facilidades que possibilitam os bloqueios ilegais das estradas. Em outros estados, o grupo inclui também políticos com mandato.
A origem da organização, porém, é incerta, mas de acordo com a promotoria há ramificações em SC. As investigações, que são sigilosas, continuam a fim de identificar todos os envolvidos no esquema criminoso, antidemocrático e golpista.
— Há uma investigação da atividade dessas pessoas nas redes sociais, que atuam nos bastidores, e como ocorria a arrecadação, quem financiou a estruturação dessas bases e incitou a prática de violência contra a polícia — complementa.
Além do MPSC, também participaram das investigações o Gaeco, Polícia Militar de SC ( PMSC ) e Polícia Rodoviária Federal ( PRF ).
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