sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Direitos Humanos: Toscani e Correa são dois dos presos por neonazismo em SC

Dois dos oitos homens presos no Estado de em Santa Catarina ( SC ) no início desta semana por suspeita de participar do encontro de uma célula neonazista interestadual já tiveram envolvimento com crimes contra a vida ligados a preconceito e à disputa de poder entre lideranças que seguem a mesma ideologia, de acordo com a Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ). Laureano Vieira Toscani é gaúcho e analista de TI, enquanto João Guilherme Correa é natural do Paraná. As informações são do G1 SC.


De acordo com a PCSC, Toscani foi condenado por tentativa de homicídio após atacar um grupo de judeus em Porto Alegre ( Capital do Estado do Rio Grande do Sul - RS ), em Dois mil e cinco. Ele, que também é réu pela tentativa de homicídio de um segurança negro em Dois mil e nove, cumpre pena em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica.

Já Correa é acusado de participar da morte de um casal em Dois mil e nove, na região metropolitana de Curitiba ( Capital do Estado do Paraná - PR ).

Os dois foram presos nas segunda-feira ( Quatorze de novembro de Dois mil e vinte e dois ) durante uma operação da PCSC em São Pedro de Alcântara ( na Região Metropolitana de Florianópolis - Capital do Estado de SC ). Na ocasião, Toscani usava a tornozeleira eletrônica.

Além dos dois, outras seis pessoas foram presas em um sítio no interior da cidade: três gaúchos, um mineiro, um catarinense e um português, que vive no Brasil. No local, ocorria uma reunião anual da célula neonazista. Os nomes deles, no entanto, não foram divulgados.

Conforme o Ministério Público do Estado de SC ( MPSC ), o grupo atua com uma forte exaltação à ideologia fascista e apologia ao nazismo. Todos os oito seguem presos e respondem por associação criminosa e racismo.

Ainda segundo as investigações, o grupo escolheu o município catarinense por ser a primeira colônia de imigrantes alemães de SC, instalada no ano de Mil oitocentos e vinte e nove. No local, foram encontradas revistas, panfletos e outros objetos com símbolos de grupos supremacistas.

Toscani

Analista de Tecnologia da Informação ( TI ), Toscani tem quase duas décadas de atividade extremista, segundo a PCSC. Ele foi condenado a Treze anos prisão em regime fechado após espancar, junto com outras pessoas, três pessoas que usavam quipás — pequeno chapéu usado por judeus — em Porto Alegre.

Já em Dois mil e nove ele foi preso por outra tentativa de homicídio motivada por racismo. Isto porque ele fazia parte de um grupo que esfaqueou um segurança negro. O caso ainda não foi julgado.

Ao G1, o advogado de defesa Jabs Paim Bandeira alega que Toscani foi preso por engano na ocasião, durante a confusão entre os outros envolvidos e o segurança.

Correa

Correa foi denunciado pelo duplo homicídio de um casal por conta de uma disputa entre lideranças de células neonazistas no PR. O caso, no entanto, ainda não foi julgado. O G1 tentou contato com a defesa dele, mas não obteve retorno.

Com informações de:

Clarissa Battistella ( clarissa.battistella@somosnsc.com.br ) ,

Caroline Borges ( caroline.borges@somosnsc.com.br ) e

Ânderson Silva ( anderson.silva@nsc.com.br ) .


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