O Administrador Cláudio Márcio Araújo da Gama (registrado no Conselho Regional de Administração de Santa Catarina sob o número vinte e quatro mil seiscentos e setenta e três), terceiro na foto, participou de videoconferência. Pela primeira vez, o Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD), que está na fase final de obras, sediou uma videoconferência. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) usou o espaço, nesta sexta-feira, oito de novembro de dois mil e dezessete, para realizar a conferência com as Gerências Regionais de Saúde. O Cigerd Regional de Canoinhas também sediou a sala para a equipe local. A reunião faz parte da mobilização nacional, proposta pelo Ministério da Saúde contra o mosquito Aedes Aegypti, que transmite a Dengue, Zika e Chikungunya.
De Florianópolis, a reunião foi comandada pela Sala Estadual para o Combate ao Aedes Aegypti. Foi apresentado às equipes regionais o resultado do Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRAa) realizado pelos municípios infestados pelo mosquito em novembro. A partir das informações, foi solicitado para reforçar a prevenção e os cuidados básicos para não criar larvas do mosquito, principalmente nas casas.
"Estamos aqui para buscar o comprometimento do poder público, das prefeituras, das secretarias municipais de saúde, dos gerentes regionais de saúde e dos agentes de endemias para combatermos o mosquito Aedes aegypti em nosso estado, pois este ano tivemos um aumento expressivo no número de focos. Acredito que, a partir desta videoconferência, todos irão triplicar as ações para evitar que essas doenças graves aconteçam em Santa Catarina”, disse o secretário Adjunto de Estado da Saúde, Murillo Ronald Capella, na abertura do evento. Até o dia vinte e cinco de novembro, foram identificados dez mil trezentos e sessenta e um focos de Aedes aegypti em Santa Catarina – número cinquenta e sete vírgula um por cento maior ao registrado no mesmo período do ano passado.
O secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, reforçou o apoio da equipe da Defesa Civil nesse combate. “Temos um batalhão de agentes pelo estado e nossa preocupação é tornar efetivo esse trabalho de campo para reduzirmos o impacto na nossa sociedade”, enfatizou. Participaram, também, do encontro, o chefe da divisão de Gestão Estadual do Ministério da Saúde, Rogério Mendes Ribeiro; o superintendente de Vigilância em Saúde da SES/SC, Fábio Gaudenzi; o diretor de Vigilância Epidemiológica da SES/SC, Eduardo Macário; o coordenador da Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC, João Fuck; e os coordenadores do programa de controle da dengue dos municípios de Florianópolis e de São José. “É importante que fique bem claro que, sem mosquito, não teremos as doenças transmitidas por ele. Então, o foco das ações deve ser o controle do vetor”, frisou Fábio Gaudenzi.
Na videoconferência, as Gerências Regionais de Saúde participantes estiveram conectadas em tempo real. Esta foi a primeira transmissão realizada pelo CIGERD, que deverá ser oficialmente inaugurado no primeiro trimestre de dois mil e dezoito, marcando o início de uma nova política de gestão de riscos em território catarinense. “Todas as interfaces do governo estarão reunidas nesta estrutura, acelerando os atendimentos. Ao diminuir o tempo de resposta, evitamos que uma crise se transforme num desastre e que um desastre se transforme em catástrofe”, enfatizou o secretário Rodrigo Moratelli.
LIRAa
O LIRAa foi realizado pelos municípios infestados em abril e novembro com o objetivo de identificar áreas com maior proporção/ocorrência de focos e os criadouros predominantes. O Levantamento indica o risco de transmissão no município; possibilita o direcionamento das atividades para áreas de maior risco, e para os principais recipientes inspecionados. Ele também pode ser utilizado como ferramenta de mobilização.
Índice de Infestação
Durante a videoconferência, foram apresentados os resultados do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) realizado por cinquenta e oito dos sessenta e um municípios considerados infestados pelo mosquito no mês de novembro. “Destes, trinta e quatro estão em situação de alerta, com índices de infestação ente um e três vírgula nove; vinte e três apresentam situação satisfatória, com índices abaixo de um; e um município está em situação de risco – São Domingos – que apresentou índice de infestação acima de três vírgula nove”, explicou João Fuck, coordenador da Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC. O LIRAa prevê a vistoria de uma amostra de vinte por cento do total de imóveis existentes no município e calcula o índice de infestação para cada cem imóveis inspecionados. Até o momento, os municípios de Florianópolis, Nova Itaberaba e Joinville ainda não concluíram o LIRAa.
De acordo com o levantamento, dos quarenta mil seiscentos e cinquenta e três depósitos que continham água parada inspecionados, ou seja, todos potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, a maioria era lixo ou sucata (quinze mil e três) e depósitos móveis, como balde, prato de planta, bebedouro de animais e reservatório de geladeira (doze mil cento e trinta e nove). Recipientes fixos, como calhas, piscinas e ralos, totalizaram sete mil e quarenta e cinco.
Importante instrumento para direcionar as ações de controle do mosquito, o LIRAa é realizado anualmente nos meses de abril e de novembro, por orientação da Estratégia Operacional para Prevenção e Controle da Dengue, Febre de Chikungunya e do Zika Vírus no estado de Santa Catarina. No LIRAa de abril, foram inspecionados quarenta e três mil oitocentos e quatorze depósitos que continham água parada em cinquenta e cinco municípios. “Com base nestas informações, o gestor municipal e suas equipes têm um diagnóstico da situação entomológica local, permitindo melhor condução das ações de combate ao Aedes aegypti durante o verão, época de maior proliferação do mosquito e de transmissão das doenças”, frisou Eduardo Macário, diretor da Dive/SC.
Foto: Cleiton C. Ferrasso/ Ascom Defesa Civil.
Foto: Cleiton C. Ferrasso/ Ascom Defesa Civil.
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