Os cidadãos de hoje, em todos os países desenvolvidos, são tipicamente empregados. Em geral, trabalham para uma dessas instituições. Nelas, procuram fonte de sustento. A elas, acorrem em busca de oportunidades. Nelas se integram para exercer uma função na sociedade e para alcançar status social, assim como para suas realizações pessoais.
Os cidadãos do ano de mil e novecentos, quando eram empregados, trabalhavam para pequenas organizações familiares, na aconchegante loja da esquina, do papai e da mamãe, ao lado de mais um ou dois ajudantes; ou então em residências, como empregados domésticos. E, evidentemente, a grande maioria das pessoas naqueles dias, exceto nos países mais industrializados - como Inglaterra ou Bélgica - , trabalhavam nas fazendas.
A sociedade se transformou em sociedade de empregados. No começo da década do ano de mil e novecentos, perguntava-se: "O que você faz?". Hoje, tende-se a perguntar: "Onde você trabalha?".
E a administração é o órgão específico da nova instituição, seja empreendimento de negócios, universidade, hospital, forças armadas, laboratório de pesquisa ou órgão público. Para que as instituições funcionem, as administrações devem ser eficazes.
O termo "management", em inglês (administração, gestão, gerência), é sobremodo peculiar e difícil. Para começar, é tipicamente americano, sendo difícil traduzi-lo para qualquer outro idioma, até para o inglês da Inglaterra. Denota uma função, mas também significa as pessoas que a exercem. Denota uma posição social e uma posição hierárquica, mas também se refere a uma disciplina e a um campo de estudo.
Porém, mesmo no inglês americano, "management" não é um termo adequado, pois outras instituições, além das empresas, no sentido estrito, não falam em "management" nem em "managers" (gestores, gerentes). As universidades ou órgãos públicos têm "administrators" (administradores), assim como os hospitais. As forças armadas têm "commanders" (comandantes). Outras instituições referem a "executives" (executivos), e assim por diante.
No entanto, todas essas instituições têm em comum a função gerencial, a tarefa gerencial e o trabalho gerencial. Em todas elas há um grupo de pessoas cuja atribuição é "gerenciar", dotadas de poderes e incumbências de gestores. Em todas elas, há a mesma tarefa: promover o desempenho da instituição. E, em todas elas, isso exige a execução de um trabalho específico: definir objetivos, metas e prioridades; organizar; prover pessoal; medir os resultados; comunicar e tomar decisões; e assim por diante. Todas essas instituições exigem administração ou gestão. E, em todas elas, a administração ou gerência é o órgão ativo e efetivo.
A instituição em si, com efeito, é uma ficção. É uma realidade contábil, mas não uma realidade social. Quando este ou aquele órgão governamental emite determinada norma ou toma certa decisão, sabe-se perfeitamente que é alguém lá dentro que elabora a norma ou toma a decisão e que age em nome da entidade, como agente efetivo do órgão. Quando é dito que a General Eletric (GE) fechou uma fábrica, não foi, evidentemente, A GE que decidiu e agiu, foi um grupo de gestores dentro da empresa.
Georg Siemens que tornou o Deutsche Bank a principal instituição financeira do continente europeu, na década de mil oitocentos e setenta, certa vez disse: "Sem administração, um banco não passa de sucata, que só serve para ser liquidado.". Sem instituição não há administração. Mas sem administração também não há instituição. A administração é o órgão específico das instituições modernas. É o órgão cuja atuação determina o desempenho e até a sobrevivência da instituição. Outras informações podem ser obtidas no livro Pessoas e desempenhos, de autoria de Peter F. Drucker.
Mais em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/simbiose-sem-administracao-nao-ha-instituicao-e-vice-versa/108497/
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