domingo, 24 de dezembro de 2017

Adm. Cláudio Márcio participa de videoconferência de balanço do dia D de combate à dengue

O Administrador Cláudio Márcio Araújo da Gama (CRA-SC nro. 24.673) participou no último dia vinte de dezembro de dois mil e dezessete (quarta-feira) de videoconferência sobre o balanço do dia D de combate à dengue - evento ocorrido em oito de dezembro em todo o Brasil. Gama representa a Secretaria de Estado da Casa Civil (SCC) na Sala Estadual de Coordenação e Controle do Aedes aegypti. 

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulga o boletim n° vinte e cinco do ano de dois mil e dezessete sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica da dengue, febre de chikungunya e zika vírus, com dados até a Semana Epidemiológica (SE) número cinquenta (primeiro de janeiro a dezesseis de dezembro de dois mil e dezessete). No referido período, foram identificados onze mil e noventa e cinco focos do mosquito Aedes aegypti, em cento e quarenta e quatro municípios. Neste mesmo período, em dois mil e dezesseis, haviam sido identificados seis mil oitocentos e cinquenta e três focos em cento e trinta e sete municípios. O número de focos de dois mil e dezessete é sessenta e um vírgula nove por cento maior quando comparado ao mesmo período do ano de dois mil e dezesseis. Em relação à situação entomológica, até a SE número cinquenta do ano de dois mil e dezessete já são sessenta e três municípios considerados infestados, o que representa um incremento de vinte e seis por cento em relação ao mesmo período de dois mil e dezesseis, que registrou cinquenta municípios nessa condição. Em comparação ao último boletim, houve a inclusão do município de Porto Belo. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

Dengue

No período de primeiro de janeiro a dezesseis de dezembro de dois mil e dezessete, foram notificados dois mil quatrocentos e vinte casos de dengue em Santa Catarina. Desses, quinze (um por cento) foram confirmados (todos pelo critério laboratorial), cento e cinquenta e cinco (seis por cento) estão inconclusivos (classificação utilizada no SINAN nos casos em que após sessenta dias da data de notificação, ainda estiverem sem encerramento da investigação), dois mil cento e sessenta e nove (noventa por cento) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e oitenta e um (três por cento) casos suspeitos estão em investigação pelos municípios. Do total de casos confirmados (quinze) até o momento, dois são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina, oito são importados (transmissão fora do estado), dois são indeterminados, por não ser possível determinar o Local Provável de Infecção (LPI) e três permanecem em investigação de LPI. Em comparação ao último boletim, houve o aumento de um caso, que está em investigação de LPI, com residência em São Miguel do Oeste.

Na comparação com o mesmo período de dois mil e dezesseis, quando foram notificados treze mil oitocentos e quarenta e nove casos, observa-se uma redução de oitenta e três por cento na notificação de casos em dois mil e dezessete (dois mil quatrocentos e vinte casos notificados). Já em relação aos casos confirmados, enquanto em dois mil e dezessete, até o momento, somente quinze casos de dengue foram confirmados no estado; no mesmo período, em dois mil e dezesseis, haviam sido confirmados quatro mil trezentos e setenta e nove casos .

Febre de chikungunya

No período de primeiro de janeiro a dezesseis de dezembro de dois mil e dezessete, foram notificados trezentos e cinquenta e dois casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, duzentos e oitenta e cinco (oitenta e um por cento) foram descartados e trinta e quatro (dez por cento) permanecem como suspeitos. Até o momento, trinta e dois casos confirmados são importados (transmissão fora do estado) e um caso permanece em investigação de LPI .

Zika vírus

No período de primeiro de janeiro a dezesseis de dezembro de dois mil e dezessete, foram notificados oitenta e um casos de febre do zika vírus em Santa Catarina, sendo que sessenta e cinco casos (oitenta por cento) foram descartados, quatro (cinco por cento) permanecem em investigação e onze (quatorze por cento) estão inconclusivos. Até o momento, um caso importado foi confirmado (transmissão fora do estado), com residência no município de Florianópolis . Fonte: SINAN NET (com informações até o dia dezesseis de dezembro de dois mil e dezessete).

Situação das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC A Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC informa que mantém a orientação para que todos os municípios infestados mantenham suas salas de situação em funcionamento. Os municípios considerados infestados no ano de dois mil e dezessete estão sendo orientados para a implantação de suas Salas. No ano de dois mil e dezessete, a Sala Estadual tem participado de videoconferências quinzenais com a Sala Nacional, discutindo os seguintes assuntos: apoio das forças armadas, ações de mobilização da ação social e educação e realização do Levantamento Rápido de Índice (LIRAa) pelos municípios infestados. Ainda, a Sala Estadual esteve presente na mobilização que ocorreu no município de Chapecó, no início de fevereiro, discutindo com prefeitos e secretários municipais de saúde as ações que devem ser realizadas no intuito de evitar transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus em Santa Catarina.

Uma importante ação foi a publicação do decreto número mil e setenta e nove de primeiro de março de dois mil e dezessete, pelo Governo do Estado de Santa Catarina, instituindo comissões de articulação e monitoramento das ações de prevenção e eliminação de focos do Aedes aegypti no âmbito dos órgãos e das entidades da Administração Pública Estadual Direta e Indireta. Com isso, todos os órgãos estaduais devem criar suas comissões, no intuito de inspecionar esses locais, eliminando condições para a proliferação do mosquito. Nos meses de abril e maio, os municípios infestados realizaram o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), com o objetivo de levantar o índice de infestação bem como os recipientes prevalentes encontrados no ambiente, com o objetivo de direcionar as ações para as áreas de maior risco. Entre os cinquenta e cinco que realizaram a atividade, dezenove foram considerados com baixo risco para transmissão, vinte e seis com médio risco para transmissão e dez com alto risco para transmissão. No mês de outubro, a Sala Nacional propôs uma mobilização na semana de vinte e três a vinte e sete, em pareceria com a Secretaria de Estado da Educação (SED) e Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST) na qual a Sala Estadual participou, mobilizando os integrantes da Sala, assim como municípios e Gerências Regionais de Saúde. No total, cento e noventa e oito municípios catarinenses informaram que realizaram atividades nessa semana. Em novembro, no dia dezoito de novembro, houve uma segunda mobilização no estado, tendo em vista a Lei Federal número doze mil duzentos e trinta e cinco do ano de dois mil e dez que determina o penúltimo sábado do mês de novembro como dia nacional de mobilização para o combate da dengue. 

Seguindo a Estratégia Operacional para o controle da dengue, febre de chikungunya e zika vírus no estado de Santa Catarina, os sessenta e um municípios considerados infestados no início de novembro foram orientados a realizar o segundo LIRAa/LIA do ano. Desses, cinquenta e oito informaram a realização da atividade sendo que: vinte e três foram considerados com baixo risco para transmissão, trinta e quatro com médio risco para transmissão e um com alto risco para transmissão. Foram inspecionados quarenta mil seiscentos e cinquenta e três recipientes que continham água, sendo que os principais foram lixo, sucata e recipientes móveis (pratinhos de plantas, baldes, entre outros). Essa informação aponta para a necessidade de intensificação das ações, tendo em vista a presença de locais para a reprodução do mosquito, e a proximidade com o período de maior risco para a transmissão dessas doenças. Importante destacar que a Sala Estadual esteve envolvida também na mobilização nacional realizada no dia oito de dezembro, avaliando com Gerências de Saúde e municípios infestados o resultado do LIRa/LIA e a importância das atividades nesse período.

O que é Dengue?

A dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. A infecção pelo vírus dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas mais leves (oligossintomáticas) até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Todos os quatro sorotipos de vírus da dengue circulantes no mundo (um, dois, três e quatro) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O termo “dengue hemorrágica” deixou de ser empregado em dois mil e quatorze, quando o Brasil passou a utilizar a nova classificação da doença, que leva em consideração que a dengue é uma doença única, dinâmica dez e sistêmica. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

Sinais e sintomas

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (trinta e nove a quarenta graus Célcius) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em cinquenta por cento dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes. Com a diminuição da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite. No entanto, alguns pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, caracterizada pelo aparecimento de sinais de alarme, que podem indicar o deterioramento clínico do paciente. 

Quadros graves 

Sangramentos de mucosas (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura são considerados sinais de alarme. Alguns pacientes podem,ainda, apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade.

O choque ocorre quando um volume crítico de plasma (parte líquida do sangue) é perdido através do extravasamento nos vasos sanguíneos, e caracteriza-se por pulso rápido e fraco, diminuição da pressão de pulso, extremidades frias, demora no enchimento capilar, pele pegajosa e agitação. O choque é de curta duração e pode levar à recuperação rápida, após terapia apropriada, ou ao óbito, de doze a vinte e quatro horas. Qualquer pessoa pode desenvolver formas graves de dengue, já na primeira infecção, apesar da maior frequência ser entre a segunda ou terceira infecção devido à resposta imune individual. No entanto, crianças, gestantes e idosos, além daqueles em situações especiais (portadores de hipertensão arterial, diabetes melitus, asma brônquica, alergias, doenças hematológicas ou renais crônicas, doença grave do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença autoimune), têm maior risco de apresentarem quadros graves de dengue. Atenção: Na presença de sinais de alarme, o paciente deve retornar imediatamente ao serviço de saúde. Pessoas que estiveram nos últimos quatorze dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado. 

O que é febre de chikungunya?

É uma infecção viral causada pelo vírus chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções  cutâneas) e evoluir para as fases: subaguda (com persistência de dor articular) e crônica (com persistência de dor articular por meses ou anos). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa "aquele que se curva". Pessoas que estiveram nos últimos quatorze dias em cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da febre de chikungunya e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.

Mais em: http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6004%3Aboletim-epidemiologico-nd-252017-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-da-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-16122017-se-502017&catid=1417%3Aascom-assessoria-de-comunicacao-2017&Itemid=28 .

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