O esquema de produção e distribuição de pornografia infantil descoberto no Estado de Santa Catarina ( SC ) ( * vide nota de rodapé ) existia desde o ano de Dois mil e um, de acordo com o Departamento da Polícia Federal ( DPF ). O esquema fez ao menos Cento e vinte vítimas com idades entre Quatro e Dezessete anos e os investigadores apuram o conteúdo de ao menos Duzentos mil arquivos que teriam sido enviados ao exterior.
O grupo, conforme o DPF, convencia crianças e adolescentes a serem fotografadas e filmadas em poses sensuais sem roupas íntimas ou apenas com peças de banho ao oferecer um suposto agenciamento de modelos. A justificativa era de que o material era exigido por empresas contratantes.
No entanto, as fotos e vídeos eram comercializados na deepweb, como é chamada a camada da internet em que o rastreio e a exposição dos dados são restritos, o que favorece atividades ilícitas. Em Balneário Camboriú, no litoral catarinense, foi preso um fotógrafo acusado acusado de integrar o grupo.
Ao todo, Dez pessoas foram indiciadas. Os mandados de busca e apreensão da operação, expedidos pela Justiça Federal de SC ( JFSC ) em Itajaí, são cumpridos ainda em Porto Alegre ( Capital do Estado do Rio Grande do Sul - RS ), no Rio de Janeiro ( Capital ), em São Paulo ( Capital ) e em Santana do Parnaíba ( SP ).
São cerca de Duzentos mil arquivos agora sob análise do Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil ( SERCOPI ) do DPF, sediado em Brasília. Eles eram obtidos por compradores de outros países, como República Tcheca, Estados Unidos da América ( EUA ) e Rússia, que expressavam interesse em abuso infantil em comentários na deepweb.
Devido à abrangência internacional dos crimes, a investigação teve apoio da Polícia Internacional ( INTERPOL ), localizado na cidade francesa de Lyon, e da Agência de Investigações de Segurança Interna ( HSI, na sigla em inglês ), da Embaixada dos EUA.
Os indiciados pela Operação Abusou devem responder, na medida de suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual, registro não autorizado da intimidade sexual, disponibilização de material pornográfico e estupro de vulnerável.
Com informações de:
Paulo Batistella ( paulo.batistella@nsc.com.br ) .
P.S.:
Notaa de rodapé:
* O esquema de pornografia infantil em SC já foi abordado em:
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