Um objeto semelhante ao usado para domar cavalos pode ter sido utilizado para agredir a menina Luna Gonçalves, assassinada no último mês de abril no município de Timbó Estado de Santa Catarina - SC ). O relho improvisado com galhos de árvore foi apreendido na última semana durante o cumprimento de mandados na casa onde a pequena de Onze anos de idade morava com a mãe, o padrasto e as irmãs.
A informação foi dada pelo delegado de polícia André Beckman, responsável pelo caso, durante uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira ( dez de maio de Dois mil e vinte e dois ).
Além do relho, os agentes ainda buscaram por documentos e outros objetos que possam indicar histórico de agressões contra Luna — como cartas ou bilhetes escritos pela menina.
-[ Buscamos por ] instrumentos do crime, anotações, documentos que ajudem a entender o contexto da situação que ocorria na casa. Por exemplo, se era um cárcere privado, como alguns relatam, e até se eventualmente a criança possa ter escrito alguma coisa após violências sofridas — afirma o investigador.
O inquérito que apura o assassinato ocorrido no dia Quatorze de abril de Dois mil e vinte e dois está aberto. O prazo para conclusão é no fim desta semana, porém a polícia não descarta pedir mais Trinta dias para finalizá-lo.
Questionado pelo jornal Diário Catarinense ( DC ) sobre o laudo que possa confirmar violência sexual contra Luna, Beckman confirmou que recebeu o documento, porém "pediu complementações" antes finalizar a investigação.
Relembre o caso
Luna foi encontrada morta em Timbó na madrugada de quinta-feira ( Quatorze de abril de Dois mil e vinte e dois ). Ela vivia com a mãe, o padrasto, a irmã de seis anos e o irmão de nove meses, segundo apurou a Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ). O casal estava se relacionando havia cerca de um ano, ainda conforme informações de Beckman.
O atestado de óbito de Luna Nathielli Bonett Gonçalves, de Onze anos de idade, mostra a brutalidade com que a adolescente foi assassinada. Conforme o laudo, a garota sofreu politraumatismo. Ela tinha lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino, uma laceração na vagina e também estava com o rosto machucado.
De acordo com a PCSC, a mãe confessou ter matado a própria filha com socos e chutes como forma de represália, já que não aceitava que a filha havia se tornado "sexualmente ativa". A mulher e o padrasto foram presos dois dias após a morte da menina.
Inicialmente, o casal disse que a menina havia caído de uma escada ao tentar pegar um gato e que seguiu realizando as atividades normalmente após o acidente, até a hora de dormir. Mais tarde, teria passado mal e chamaram o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de SC ( CBM / SC).
A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, no sofá, em uma toalha, fronha e em uma calça masculina.
Com informações de:
Bianca Bertoli ( bianca.bertoli@nsc.com.br ) .
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