Na mira de Bolsonaro, as terras indígenas no Brasil sofrem, diariamente, ameaças de extinção. O crescimento desenfreado do garimpo no país é maior que a mineração industrial e acontece principalmente em áreas protegidas e de conservação ambiental.
Na mira de Bolsonaro, as terras indígenas no Brasil sofrem, diariamente, ameaças de extinção. O crescimento desenfreado do garimpo no país é maior que a mineração industrial e acontece principalmente em áreas protegidas e de conservação ambiental.
Em 2020, metade da área nacional do garimpo ocupava unidades de conservação (40,7%) ou de terras indígenas (9,3%). Os dados são de um levantamento realizado pela organização MapBiomas, divulgados nesta segunda-feira, 30.
Conforme o estudo, a Amazônia possui 93% de todo o garimpo realizado no Brasil, e a área ocupada pela mineração industrial chega à metade da área do garimpo, com 49,2%.
Em terras indígenas, as maiores áreas de extração de minérios, que é uma atividade ilegal, estão em território Kayapó e Munduruku, ambos no Pará, e em terras dos Yanomami, no Amazonas e em Roraima. O crescimento foi de 495%.
O Pará também concentra as unidades de conservação com maior atividade garimpeira do Brasil. As três maiores são: a Área de Proteção Ambiental do Tapajós (34.740 ha), a Flona do Amaná (4.150 ha) e o Parna do Rio Novo (1.752 ha).
Para a secretária Nacional de Movimentos Populares do PT, Vera Lúcia Barbosa, o avanço do garimpo em terras indígenas e em áreas de preservação ambiental nos últimos anos reforçam o compromisso dos governos de direita com a destruição da Amazônia e dos povos indígenas.
Crime ambiental
Julgamento do Marco Temporal
Além de enfrentar conflitos constantes com os garimpeiros, os povos indígenas aguardam, em Brasília, o julgamento do Marco Temporal. A pauta, que pode mudar definitivamente a vida dos indígenas e seria julgada na semana passada, foi novamente adiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para esta nesta quarta-feira, 1º de setembro.
Pelos menos seis mil indígenas ocuparam a Praça da Cidadania, na capital federal, para acompanhar o julgamento e para lutar contra a agenda anti-índigena do Congresso Nacional. Após novo adiamento na votação, ficaram 1000 representantes de diferentes etnias para seguir com a mobilização até 2 de setembro.
Com informações de Valor Econômico , G1 e pt.org.br .
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