Uma jovem de vinte e três anos de idade foi encontrada morta na manhã desta segunda-feira ( sete de março de dois mil e vinte e dois ) na aldeia indígena de Barro Preto, em Ipuaçu, no Oeste do Estado de Santa Catarina ( SC ). Duas pessoas, entre elas o ex-marido da vítima, foram presas, suspeitas pelo crime.
O caso ocorreu por volta das nove horas da manhã. Segundo a Polícia Militar Militar do Estado de SC ( PMSC ), a vítima foi encontrada já sem vida e com marcas roxas pelo pescoço, caída em uma estrada rural do município. Ela foi identificada como Graciane Gonçalves Feliciano.
Familiares da mulher teriam dito à equipe que o suspeito era o ex-marido dela e que os dois, na noite anterior, foram vistos bebendo juntos na região. Além disto, testemunhas informaram que o homem teria prometido, por diversas vezes, que iria matar a jovem.
Após colher as informações, a PMSC foi até a casa do suspeito de vinte e cinco anos de idade. No local, outro homem, de trinta e oito anos de idade, que também foi visto com a vítima no dia anterior, foi abordado. Ele tinha lesões pelo corpo, que indicavam uma luta corporal, segundo a PMSC.
Os dois foram presos e encaminhados à Delegacia de Polícia ( DP ). A hipótese é que a mulher foi vítima de feminicídio, mas isto só será confirmado ao término das investigações.
Jovem estava separada havia um mês
De acordo com a assistente social e coordenadora do Polo Indígena de Entre Rios, Ipuaçu e Abelardo Luz, Osana Gonçalves Mendes, a vítima estava separada do ex-marido havia cerca de um mês, conforme informações da mãe. Além disto, ela tinha dois filhos, de sete e cinco anos de idade.
— A mãe contou que ela saiu no domingo ( seis de março de dois mil e vinte e dois ) à tarde para ir na casa de uma amiga e não voltou. Até que no dia sete de março de dois mil e vinte e dois ) pela manhã foi encontrada morta — relata.
A assistente social diz, ainda, que Graciane era vítima de violência doméstica durante o período que vivia com o suspeito e que chegou a registrar um boletim de ocorrência ( BO ) contra ele.
- Nós da área da saúde indígena temos programação para trabalhar as questões de violência [ durante a semana da mulher ]. E isso [ a morte ] dá um baque muito grande. Existem muitos casos de mulheres violentadas que não tem coragem de falar e fazer denúncia. Este assunto ainda é um tabu para muitas — afirma.
O corpo de Graciane foi encaminhado ao Instituto Médico Legal ( IML ) de São Lourenço do Oeste. Ainda não há informações a respeito do sepultamento da jovem.
Com informações de:
Luana Amorim ( luana.amorim@nsc.com.br ) .
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