Ao menos Cento e sessenta municípios do Estado de Santa Catarina ( SC ) têm focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue. Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica ( DIVE ) da Secretaria de Estado da Saúde ( SES ), só em Dois mil e vinte e dois, já foram identificados Cinco mil setecentos e quatorze focos no território catarinense.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira ( três de fevereiro de Dois mil e vinte e dois ) e correspondem ao período entre Dois e Vinte e nove de janeiro de dois mil e vinte e dois. De acordo com a DIVE, o número de focos é Vinte e quatro por cento menor que no mesmo período durante o ano passado, quando eram Sete mil quinhentos e trinta e sete. Apesar disto, houve aumento no número de cidades, já que em Dois mil e vinte e um eram Cento e quarenta e seis.
Além disto, Cento e dezoito municípios são considerados infestados pelo mosquito. Ao comparar a situação no Estado no mesmo período em Dois mil e vinte e um, eram Cento e seis - um crescimento de Onze vírgula três por cento. Uma cidade é considerada infestada de acordo com a disseminação e a manutenção dos focos.
Até o dia Vinte e nove de janeiro de dois mil e vinte e dois, Dezessete casos de dengue foram confirmados em SC. Destes, três são autóctones - com transmissão dentro do Estado, provavelmente em Florianópolis ( Dois casos ) e Itajaí ( Um caso ) -, Treze são importados - com transmissão fora do Estado -, e um ainda está em investigação. Porém, houve queda em relação ao ano de Dois mil e vinte e um, já que no mesmo período Oitenta e sete casos haviam sido confirmados.
SC também registrou uma morte devido à doença em Dois mil e vinte e dois. O paciente era um homem, de Quarenta anos de idade, morador de Criciúma ( Sul do Estado ). A suspeita é de que ele tenha contraído dengue após uma viagem que fez ao Estado de São Paulo ( SP ).
De acordo com a DIVE, até o momento, nenhum caso de febre de chikungunya ou de zika vírus foi confirmado no Estado de SC.
Como a dengue se manifesta
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes argypti infectado, sendo que sua infecção pode ser tanto assintomática quanto sintomática. Em casos graves, a doença pode levar a pessoa a morte.
Entre os principais sintomas estão a febre alta, que tem duração de Dois a Sete dias, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, articulações e fundo dos olhos. Também são sinais da dengue manchas pelo corpo, perda de apetite, náuseas e vômitos.
Em casos graves, o paciente também pode apresentar sangramentos no nariz e gengiva, dor abdominal, sonolência, hipotensão e tontura.
Dicas de como evitar a proliferação do mosquito
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
- Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
- Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
Luana Amorim ( luana.amorim@nsc.com.br ) .
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