Durante três um século, o significado da administração tem sido basicamente o de dirigir um negócio estabelecido e em funcionamento. a empresarização e a inovação, embora fossem mencionadas em diversos textos sobre administração e a inovação, não foram consideradas fundamentais do ano mil e novecentos até hoje. Mas daqui para frente, a administração terá de se preocupar cada vez mais em criar o novo, além de otimizar aquilo que já existe. Os administradores terão de se transformar em empresários, terão de aprender a montar e dirigir organizações inovadoras.
Está sendo enfrentado um período de inovação semelhante àquele em que nasceu a moderna economia industrial, na segunda metade do século dezenove. Nos cinquenta anos compreendidos entre o término da Guerra Civil americana e a eclosão da Primeira Guerra Mundial, uma nova e importante invenção aparecia a cada quinze ou dezoito meses, em média. Todas elas logo originavam novos negócios e indústrias totalmente inéditas. Praticamente todas as indústrias que são consideradas hoje como modernas, incluindo a aeronáutica e a eletrônica, nasceram dessas invenções do final do século dezenove e início do século vinte. O crescimento econômico até o período de reconstrução posterior à Segunda Guerra Mundial, inclusive, foi provocado principalmente pelas tecnologias que já se achavam plenamente desenvolvidas quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial e pelos quatro grandes setores industriais erigidos em torno de cada uma delas:
1) A siderurgia;
2) A indústria automobilística;
3) A agricultura científica e
4) A química orgânica.
Está sendo presenciado um outro período de grandes mudanças tecnológicas onde a propulsão do desenvolvimento econômico e industrial terá de provir de indústrias baseadas em novas tecnologias do século vinte e no seu desenvolvimento.
Em contraste gritante com o final do século dezenove, boa parte da nova tecnologia terá de ser desenvolvida e, acima de tudo, aplicada nas empresas, e pelas empresas já existentes. No final do século dezenove, havia o arquétipo do inventor, um Edison ou um Alexander Graham Bell, trabalhando sozinho, no máximo com uns poucos assistentes. Mesmo naquela época, contudo, a aplicação bem-sucedida de alguma invenção levava rapidamente ao aparecimento de uma nova empresa. todavia, não era a empresa que tinha de gerar o novo. Atualmente, será cada vez mais as organizações existentes, principalmente as maiores, que terão de inovar - pelo motivo bastante simples que o pessoal treinado e o dinheiro necessário para desenvolver o novo estão concentrados nelas. Portanto, a administração terá de aprender a dirigir, simultaneamente, uma organização administrativa existente e uma nova organização inovadora.
A necessidade de inovação social talvez seja até maior que a de inovação técnica. A inovação social teve papel tão importante quanto a inovação técnica nas mudanças e progressos socioeconômicos. São as necessidades de a sociedade:
1) Necessidade de um acelerado desenvolvimento socioeconômico nos dois terços pobres do mundo;
2) Necessidades das grandes cidades;
3) Necessidades do meio-ambiente e
4) Necessidade de produtividade na educação e na saúde.
Estas são todas oportunidades de inovação social para as empresas e os administradores de empresas. São oportunidades para o empresário e, como tal, representam desafios e exigem muito dos conhecimentos, das habilidades e da capacidade da administração. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.
Mais em:
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/administracao-migrando-da-inovacao-tecnica-para-a-inovacao-social/108859/ e
https://www.ibeltexperience.com.br/single-post/2018/01/18/Migrando-da-inova%C3%A7%C3%A3o-t%C3%A9cnica-para-a-inova%C3%A7%C3%A3o-social
Mais em:
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/administracao-migrando-da-inovacao-tecnica-para-a-inovacao-social/108859/ e
https://www.ibeltexperience.com.br/single-post/2018/01/18/Migrando-da-inova%C3%A7%C3%A3o-t%C3%A9cnica-para-a-inova%C3%A7%C3%A3o-social
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