O profissional de carreira - e principalmente o especialista - precisa de um administrador. Seu maior problema é como relacionar sua área de conhecimento e especialização com o desempenho e os resultados da organização como um todo. O profissional de carreira tem, portanto, um grande problema de comunicação. Ele não pode ser eficaz a menos que seu output se torne o imput de outros. Porém, seu output são ideias e informações. Isso requer que os usuários do seu trabalho compreendam o que ele está tentando dizer e realizar. Mas pela própria natureza da sua tarefa, ele será tentado a usar o jargão característico da sua especialidade. E, de fato, em muitos casos esta é a única linguagem em que ele sabe se expressar. É função do administrador fazer com que o especialista perceba que ele só será eficaz se for compreendido, e que ele só será compreendido se tentar descobrir as necessidades, as premissas e as limitações de seus clientes, as outras pessoas da organização - e frequentemente também outros peritos de sua área. É o administrador quem traduz os objetivos da organização na linguagem do especialista e quem traduz os objetivos da organização na linguagem do especialista e quem traduz a produção deste para a linguagem daqueles que irão utilizar seu trabalho. É do administrador, em outras palavras, que o especialista depende para integrar aquilo que faz como o trabalho dos outros.
Entretanto, embora o profissional de carreira necessite de um administrador para ser eficaz, o administrador não é seu chefe. É apenas seu orientador, seu instrumento, seu braço direito de marketing. O administrador é o canal através do qual o profissional de carreira, e especialmente o verdadeiro especialista, pode dirigir seu conhecimento, seu trabalho e sua capacidade para obter resultados conjuntos, e através do qual ele fica, por sua vez, sabendo das necessidades, capacidades e oportunidades da empresa à qual pertence.
Mas, de uma certa forma, o verdadeiro profissional de carreira é, e deve ser, o superior do seu administrador. Ele deve ser o mestre e o educador. Também é função do profissional de carreira instruir a administração, expandir sua visão e apontar-lhe novas oportunidades, novos horizontes e padrões novos e mais exigentes. Nesse sentido, o profissional de carreira deve ser sênior ao se relacionar com seu administrador e inclusive com os administradores da organização. Se não assumir a responsabilidade de liderança dentro de sua área de especialização e conhecimento, ele não é um verdadeiro profissional de carreira; será apenas um técnico subalterno. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.
Mais em: https://www.administradores.com.br/artigos/negocios/administracao-o-administrador-cooperando-com-profissionais-de-outras-areas/108991/
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