As ações simbólicas do dia 26 têm como objetivo alertar a sociedade e os três poderes para a situação dramática vivida atualmente pela população brasileira. Ações vão denunciar a falta de planejamento e a lentidão no processo de vacinação, o retorno do país ao mapa da fome, que é a consequência direta do alto índice de desemprego, além da alta dos preços dos alimentos e pelo auxílio emergencial insuficiente. Centrais e movimentos também vão cobrar das autoridades medidas emergenciais para proteção da vida e garantia de sobrevivência da população no campo e na cidade.
Em Brasília, será feita uma ação simbólica, além da busca de diálogo com líderes do Congresso para que o auxílio emergencial possa ser ampliado, assim como o aprofundamento das investigações da CPI da Pandemia, para que os responsáveis pelo prolongamento e gravidade da crise sanitária possam ser identificados e responsabilizados.
Também na quarta-feira, as centrais sindicais farão a entrega ao Congresso da Agenda Prioritária da classe trabalhadora. O mesmo movimento deve ser feito nos estados, com lideranças sindicais e populares buscando o diálogo com parlamentares para pressionar pela votação de projetos de interesse popular e pela retirada de pauta daqueles que atacam os direitos, a democracia e a soberania, como a Reforma Administrativa e as privatizações.
Elaborada em conjunto com o DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), a Agenda é um documento de resistência e atuação propositiva junto ao Congresso Nacional, que traz o posicionamento e faz propostas do movimento sindical a 23 projetos em tramitação na Câmara dos Deputados e Senado. A maioria desses projetos afeta negativamente a vida e os direitos da classe trabalhadora, como a reforma administrativa, privatizações, auxílio emergencial, reduz a geração de emprego e renda.
O documento será entregue a lideranças do Parlamento e aos presidentes das duas Casas Legislativas, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado.
Crescimento da miséria
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, destaca como já “é visível o crescimento da miséria e da fome no nosso país, com famílias inteiras dormindo nas calçadas, mulheres e crianças pedindo nos faróis e porta de supermercados”.
“O povo está passando fome; o custo de vida aumentou, os preços dos alimentos, do gás subiram e o auxílio emergencial foi reduzido. Uma grande tragédia”, diz Nobre.
Para Sérgio Nobre, reduzir o auxílio emergencial de R$ 600 “é um crime”. “Mas um crime ainda maior é o governo Bolsonaro ter reduzido o número de pessoas que podem receber esse auxílio, hoje indispensável para evitar ainda mais brasileiros passem fome e que o país enfrente uma convulsão social”.
O presidente nacional da CUT destaca ainda que o movimento sindical terá uma agenda bastante pesada que exigirá ainda mais luta no segundo semestre deste ano, por conta das pautas e projetos prejudiciais aos direitos da classe trabalhadora que estão no Congresso Nacional.
“Não vamos permitir que eles privatizem as nossas estatais, indutoras do crescimento e desenvolvimento do Brasil, nem que acabem com o serviço público, como quer o governo Bolsonaro”, afirma. E complementa: “o que teria sido de nós, se não tivéssemos o SUS, que ajudamos a construir e manter, nessa pandemia.
“Não vamos deixar essa tragédia acontecer. Temos de construir a nossa resistência dentro do Congresso Nacional”, afirma Sérgio Nobre.
Segundo os organizadores, ao final do ato, serão doados alimentos, cultivados sem agrotóxicos, pela agricultura familiar em áreas da CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares) e assentamentos do MST.
Com informações de pt.org.br e Portal da CUT
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