A defesa do ex-presidente Lula ingressou, nesta segunda-feira, 3, à noite, com um pedido de suspeição dos procuradores que atuam no caso da compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff.
Na petição, a defesa de Lula afirma que as mensagens mostram que a “denúncia” sobre irregularidades na compra dos caças foi idealizada e gestada em Curitiba, e depois assumida pelos procuradores Frederico Paiva e Hebert Reis Mesquita em Brasília.
Os dois procuradores foram envolvidos nessas discussões em grupos no Telegram e “não apenas tomaram conhecimento das ilegalidades que estavam sendo praticadas pela ‘lava jato’ de Curitiba contra os excipientes [Lula e seu filho Luís Cláudio Lula da Silva] como também passaram a delas participar”, adverte a petição da defesa.
A ação dos procuradores montada pela Força Tarefa de Curitiba também fez parte do plano da Lava Jato para perseguir e condenar o ex-presidente Lula, já extensivamente comprovado, denuncia a defesa do ex-presidente.
Os advogados de Lula afirmam que “a acusação deduzida na denúncia que originou a ação penal em tela foi idealizada pela Lava Jato de Curitiba, dentro de um “plano” que buscava liquidar” o ex-presidente.
Para isso, “os procuradores de Curitiba recorreram à atuação ilegal da Receita Federal e até mesmo a articulações com autoridades norte-americanas”, denuncia a defesa de Lula.
A troca de mensagens da Lava Jato, dizem os advogados, mostra que os procuradores foram colocados em grupos específicos no Telegram para tratar do caso dos caças. Nessa condição, eles decidiram levar o caso adiante após uma “revisão” da força-tarefa de Curitiba.
Segundo os advogados, as mensagens deixam claro que os procuradores de Brasília também “combinaram com a Lava Jato de Curitiba até mesmo o conteúdo do depoimento de Antonio Palocci, que foi ouvido como ‘testemunha do juízo’”.
Segundo a acusação do Ministério Público Federal (MPF), Lula teria participado de negociações irregulares para a compra de 36 caças Gripen, fabricados pela empresa sueca Saab.
O pedido dos advogados de Lula à 10° Vara Federal em Brasília foi feito com base na troca de mensagens entre integrantes da Lava Jato, apreendidas na Operação Spoofing.
Um depoimento do ex-presidente Lula no processo da Operação Zelotes está marcado para o dia 27 de maio.
Com informações de pt.org.br .
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