sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Meio ambiente: praia da capital de SC registra índice histórico de boa balneabilidade

Dados do Instituto do Meio Ambiente ( IMA ) do Estado de Santa Catarina ( SC ), divulgados nesta quinta-feira ( vinte e seis de setembro de dois mil e dezenove ) pela Prefeitura Municipal de Florianópolis ( PMF ), apontam que a praia da Avenida Beira-Mar Norte apresentou os melhores índices dos testes de balneabilidade da história.
De acordo com a administração municipal, a última coleta de amostras da água que banha o local foi realizada na quarta-feira ( vinte e cinco de setembro de dois mil e dezenove ).

No último teste, á água tinha um índice de índice de vinte colis / cem mililitros. Para que a água de uma região seja considerada própria para banho, é tolerada uma presença de até oitocentos colis / cem mililitros. A prefeitura diz que este índice foi conseguido graças à instalação de uma rede de tratamento de esgoto, que deverá receber novas melhorias nos próximos meses.

Desde que este sistema foi instalado, no início deste ano de dois mil e dezenove, as análises da qualidade da água apresentaram resultados bastante oscilantes. No entanto, esta foi a terceira coleta seguida em que os números apontaram a balneabilidade do local.
Apesar dos bons números, é preciso ter cautela para tomar banho na Beira - Mar Norte. Segundo dados do IMA, no outro lado da Baía Norte, no bairro Estreito, as amostras ainda apontam que a água está imprópria. Vale lembrar que a região recebeu esgoto irregular durante cerca de 60 anos. É por isso que os investimentos para melhorar a água ainda não terminaram.

O sistema de despoluição da Beira-Mar Norte, em Florianópolis, teve um novo revés na última semana. O teste de balneabilidade do IMA apontou para 4.884 coliformes fecais, sendo o que o índice máximo é de 800. Foi o terceiro resultado negativo consecutivo. Nas semanas anteriores as medições apontaram para 3.654 e 3.873. Com isso, o ponto continua impróprio e mais distante de ser balneável.

Diante do resultado da semana entre dezessete e vinte e dois de novembro de dois mil e dezenove, a Casan, que contratou a instalação do sistema de despoluição, notificou a Fast, empresa responsável, atrás de explicações. O questionamento oficial ocorreu na sexta-feira. A Fast tem cinco dias úteis para responder. Ao jornal Diário Catarinense, a empresa confirmou a notificação e disse que enviará a resposta dentro do prazo, mas não quis adiantar as justificativas por questões contratuais.

Para a Casan, os dois primeiros resultados negativos da série de três semanas podem ser explicados pela chuva do período. Na medição do último, porém, o tempo era seco. Por isso a companhia acredita que ainda não há uma explicação. Segundo a Casan, estão sendo feitos ajustes no sistema como o reforço nas bombas de sete das 15 estações elevatórias, aumento da capacidade de bombeamento com crescimento da potência elétrica e automatização da operação. As grades de retenção de lixo serão reforçadas, assim como outros ajustes técnicos.

A prefeitura de Florianópolis diz que pediu melhorias à companhia. O prazo para estas medidas é a primeira quinzena de dezembro. A expectativa é que estas medidas devem estabilizar o sistema. A partir desta semana, o programa Se Liga na Rede, que fiscaliza ligações irregulares, estará focado nos imóveis da Beira-Mar Norte.

O grande problema do sistema de despoluição da Beira-Mar Norte é a variação. Desde a instalação do sistema, em março de 2019, foram 35 medições de balneabilidade do IMA. Destas, em 22 os índices deram acima do limite de 800 de coliformes fecais. E é justamente esta variação que deixa a população incrédula na mudança da qualidade da água, historicamente poluída naquele ponto da Capital.


Além disso, Casa e prefeitura precisam justificar o investimento feito. O contrato prevê R$ 18 milhões para a implantação do sistema. A promessa das autoridades era de que ainda na metade de 2019 a água estaria própria para banho, o que ocorreu por curto período. Na porta do verão, cravar que a Beira-Mar Norte estará balneável pode se tornar mais uma promessa não cumprida.

Com informações do jornal Diário Catarinense.

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