sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Epidemia: Ministério Público arquiva processo contra governador Silva de SC no caso da compra de ventiladores mecânicos

O Ministério Público do Estado de Santa Catarina ( SC ) ( MPSC ) arquivou a investigação no inquérito civil contra o governador do Estado de SC, Carlos Moisés da Silva ( do Partido Social Liberal - PSL ) sobre a compra emergencial dos duzentos ventiladores mecânicos da empresa Veigamed por trinta e três milhões de reais sem licitação, com pagamento antecipado, sem entrega dos produtos ( * vide nota de rodapé ). O entendimento do procurador-geral de Justiça ( PGJ ), Fernando Comin, foi de que não há fundamento para a ação por ato de improbidade administrativa como outras medidas contra Silva.

Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva
Silva ( Foto : Mauricio Vieira / Secom )

Por isto, Comin determinou o arquivamento da apuração relacionada a Silva. Em relação aos demais investigados, o inquérito civil continua em tramitação, agora na promotoria de Florianópolis ( Capital do Estado de SC ) porque não há mais necessidade de atuação da PGJ já que Silva deixa de fazer parte dos documentos.

Em sua decisão, Comin afirmou que "não foi encontrada nenhuma ligação ou mensagem trocada entre o Silva e os empresários envolvidos na compra em questão, ou mesmo entre o Silva e os servidores que participaram do processo de aquisição e pagamento à empresa". Ele diz que nem mesmo nas mensagens trocada por Silva com os então secretários Estaduais de Saúde ( SES ), Helton Zeferino, e Casa Civil ( CC ) o advogado Douglas Borba ( do Partido Progressista - PP ), existe menção antes do final de abril de dois mil e vinte sobre a compra dos duzentos ventiladores mecânicos.

A defesa de Silva já encaminhou a decisão para o Superior Tribunal de Justiça ( STJ ), onde tramita a investigação criminal contra o Silva. Nesta quarta-feira ( vinte e sete de janeiro e dois mil e vinte e um ), o advogado Marcos Probst, que defende Silva, também vai anexar o documento ao processo de impeachment que tramita no Tribunal de Justiça do Estado de SC ( TJSC ) e na Assembleia Legislativa do Estado de SC ( ALESC ).

Em trecho da decisão, o Comin afirma que "de toda prova testemunhal colhida ao longo da investigação não se extrai alguma menção direta a Silva". Para ele, "não há, ao menos até o momento, provas do envolvimento de Silva na referida aquisição".

Na investigação criminal, que ficou a cargo do Departamento da Polícia Federal ( DPF ), os agentes também isentaram Silva de irregularidades na compra. O posicionamento está anexado ao processo que tramita no STJ.


Com informações de:


Ânderson Silva, do jornal Diário Catarinense ( DC ).


P.S.:


Nota de rodapé:


* https://claudiomarcioaraujodagama.blogspot.com/2020/12/impeachment-absolvido-silva-volta-ao.html

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Licitações: residência de Ex-vice-governador de SC é alvo de busca e apreensão da Polícia Federal

O ex-governador do Estado de Santa Catarina ( SC ), Eduardo Pinho Moreira ( do Movimento Democrático Brasileiro - MDB ), foi um dos alvos de busca e apreensão da segunda fase da operação Alcatraz ( * vide nota de rodapé ), nesta terça-feira ( dezenove de janeiro de dois mil e vinte e um ), em Florianópolis ( Capital do Estado de SC ). Os agentes foram até o apartamento dele e recolheram documentos e o celular do político emedebista. 

Eduardo Pinho Moreira
Eduardo Pinho Moreira ( Foto : Divulgação )

Após a coletiva de imprensa do Departamento da Polícia Federal ( DPF ), nesta terça-feira, o delegado responsável pelo caso afirmou que um ex-governador era investigado. A assessoria de Moreira nega. Em nota, afirmou que ele foi citado nas investigações.

O texto traz uma fala de Moreira: "Entendo que como vice-governador e governador no período da investigação, trata-se de um encaminhamento natural. Vamos colaborar para que os fatos sejam esclarecidos. Minha vida publica sempre foi pautada por honestidade, transparência, diálogo e trabalho”.


Com informações de:


Ânderson Silva, do jornal Diário Catarinense.


P.S.:


Nota de rodapé:


* Mais sobre a operação Alcatraz em:


https://claudiomarcioaraujodagama.blogspot.com/2021/01/licitacoes-presidente-da-assembleia-de.html .

Licitações: Presidente da Assembleia de SC, Garcia é preso

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ( ALESC ), o deputado Julio Garcia ( do Partido Social Democrático - PSD ), foi preso na manhã desta terça-feira ( dezenove de janeiro de dois mil e vinte e um ) pelo Departamento da Polícia Federal ( DPF ) durante a segunda fase da Operação Alcatraz ( * vide nota de rodapé ). A informação foi confirmada pelo advogado do deputado, Cesar Abreu.

Julio Garcia

O presidente da Alesc, Julio Garcia
( Foto: )

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ( ALESC ), o deputado Julio Garcia ( do Partido Social Democrático - PSD ), foi preso na manhã desta terça-feira ( dezenove de janeiro de dois mil e vinte e um ) pelo Departamento da Polícia Federal ( DPF ) durante a segunda fase da Operação Alcatraz ( * vide nota de rodapé ). A informação foi confirmada pelo advogado do deputado, Cesar Abreu.

Segundo Abreu, Garcia está na sede do DPF, em Florianópolis, para prestar esclarecimentos, e o mandado prevê prisão domiciliar. Ele também disse que a defesa ainda não se manifestará sobre a prisão porque não teve acesso aos detalhes da decisão que embasaram o pedido.

A assessoria da ALESC informou que aguarda mais detalhes sobre a decisão judicial para se manifestar sobre o assunto.

De acordo com o DPF, a segunda fase da operação, chamada de "Hemorragia", tem como alvo suposta organização criminosa suspeita de corrupção, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro em SC. 

O foco desta fase envolve contratos firmados pelas secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos. Segundo o DPF, contratações de serviços eram feitas sem cotação prévia de preços, ou ainda, instruídos com orçamentos apresentados por empresas que possuíam relacionamento societário ou comercial entre elas.

Foram expedidos vinte mandados de prisão - onze mandados de prisão preventiva e outros nove de prisão temporária, em Florianópolis, Joinville e Xanxerê. Houve ainda trinta e quatro mandados de busca e apreensão.

Além de Garcia, o empresário Jefferson Colombo, dono da empresa Apporti, foi preso temporariamente. A prisão preventiva do empresário foi confirmada pelo advogado dele, Francisco Ferreira. Em uma das denúncias da fase anterior da Operação Alcatraz, Colombo foi apontado como operador financeiro de Garcia no suposto esquema investigado.

A segunda fase da Operação Alcatraz também cumpriu medidas cautelares como afastamento da função pública, proibição de contato com outros investigados e de se ausentar do país, além do bloqueio de patrimônio dos investigados em valores que variam entre novecentos e vinte e oito mil reais e trinta e sete milhões de reais.

O DPF afirmou ter identificado pagamentos irregulares que ultrapassam quinhentos milhões de reais. O Ministério Público ( MPF ) participa das investigações.

Primeira fase da Alcatraz

A primeira fase da Operação Alcatraz foi deflagrada em maio de dois mil e dezenove ( * vide nota de rodapé ), com o objetivo de combater fraudes a licitações e desvios de recursos públicos ligados a contratos de prestação de serviços de mão de obra terceirizada e do ramo de tecnologia firmados com órgãos do Poder Executivo Estadual em SC.

Garcia, já havia sido um dos alvos na operação anterior. Ele já foi denunciado pelo MPF dentro da operação.

O MPF o aponta como chefe de uma organização criminosa que era formada por funcionários públicos que praticavam delitos contra a administração pública. Entre os crimes pelos quais o deputado foi denunciado, estão lavagem de dinheiro, peculato, fraude em licitação e contrato subsequente. Garcia vinha negando as acusações e afirmando ser alvo de uma perseguição.


Com informações de:


Guilherme Simon ( guilherme.simon@somosnsc.com.br ) e  Ânderson Silva ( anderson.silva@somosnsc.com.br ).


P.S.:


Nota de rodape´: