Quis a ironia do destino – ou de Alexandre de Moraes ( ministro do Supremo Tribunal federal - STF ) – que, entre as tantas pendências judiciais que rondam o ex-presidente da repúbloica Jair Messias Bolsonaro ( do Partido Liberal - PL ), tenha sido a vacina contra a Covid - Dezenove o que fez com que o Departamento da Polícia Federal ( DPF ) lhe batesse à porta. Bolsonaro acabou enredado em uma trama que envolve a postura negacionista que ele tão orgulhosamente ostentou durante a fase mais crítica da pandemia.
É mais do que um vexame colossal. É crime. O ato final da gestão desumana da pior crise sanitária que o país já enfrentou.
Enquanto os brasileiros empilhavam os mortos, Bolsonaro imitava quem sofria com falta de ar. Jamais entrou em um hospital. Nunca abraçou uma família que perdeu um filho para a Covid - Dezenove. Quando, enfim, a ciência mostrou uma chance de redenção, com a vacina, abraçou o negacionismo e recusou-se a aderir ao pacto coletivo que salvou tantas vidas. No momento em que dependeu do registro da vacina, portou-se como um covarde.
Mesmo entre os bolsonaristas convictos, há quem acredite que a relutância de Bolsonaro à vacina tenha sido o fator de inflexão que o levou à derrota nas urnas. Agora – quem diria - é também a vacina que pode colocar Bolsonaro frente a frente com a Justiça.
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