A mentalidade e os valores da indústria ( mas também das autoridades governamentais preocupadas com políticas eficazes ) correm o perigo de se tornar hostis a necessidades, valores, objetivos e percepção da ciência. um motivo para isto é a crescente pressão, especialmente em um período inflacionário, para se produzirem resultados rapidamente. Um período inflacionário é aquele que, por definição, erode o destrói tanto o capital industrial quanto o capital político. Em um período inflacionário, o valor presente de resultados futuros fica sujeito à taxa de desconto excessivamente elevada da inflação, que, na verdade, significa que nenhum resultado a ser alcançado daqui a mais de um ano ou dois possua algum valor presente, seja este valor definido em termos econômicos ou em termos políticos. Não é, portanto, um período em que a indústria ou as autoridades possam assumir riscos.
Assim, a indústria e as autoridades governamentais se concentram nos períodos inflacionários em retornos pequenos, mas certos e imediatos; isto é, naquilo que pode ser calculado com alta probabilidade. A aplicação do verdadeiro conhecimento científico é, por definição, uma grande aposta, em que os retornos estão longe no futuro e, assim, excessivamente incertos, embora muito grandes em caso de sucesso. Em período inflacionário, o industrial ou a autoridade governamental é quase forçado na direção de retornos pequenos, porém rápidos, de muitos projetos pequenos e, por si sós, pouco importantes, que, em geral, exigem muito pouca ciência e que só podem ser prejudicados caso expostos a muita ciência. Outras informações podem ser obtidas no livro Rumo à nova economia, de autoria de Peter F. Drucker.
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