quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Benchmarking: idealismo versus melhores práticas

No início da década de vinte, quando Henry Ford resolveu provar que os administradores não eram necessários, Alfred P. Sloan Júnior, o recém-nomeado presidente da General Motors Company (GM), testa a tese oposta. A GM estava naquela época quase esmagada pelo colosso industrial da Ford Motor Company, tendo dificuldades até para sobreviver no seu segundo posto. Sendo pouco mais que uma especulação financeira, ma reunião de pequenas empresas automobilísticas que estavam à venda por não aguentar competir com a Ford, a GM não tinha um único carro bem aceito na sua linha, faltava-lhe uma rede de revendedores e seu potencial financeiro era minguado. Cada um dos antigos proprietários tinha autonomia de ação, o que na prática significava que tinham permissão para administrar mal suas antigas empresas da maneira que quisessem. Mas Sloan cogitou qual deveria ser o negócio e a estrutura da GM e conseguiu transformar seus barões indisciplinados numa equipe administrativa. Em cinco anos, a GM havia se tornado a líder da indústria automobilística americana, mantendo-se nessa posição por longas décadas.

Vinte anos após o sucesso de Sloan, o neto de Henry Ford pôs novamente à prova a sua tese. A Ford Motor Company estava então praticamente falida: todo o bilhão de dólares de reserva que possuía no início dos anos vinte havia sido gasto na amortização de seus déficits. Assim que o jovem Henry Ford II (neto do primeiro) assumiu em mil novecentos e quarenta e seis, ele partiu para fazer em sua empresa o que Sloan havia realizado na GM duas décadas antes. Criou uma estrutura e uma equipe administrativa. Em cinco anos, a Ford havia recuperado seu potencial de crescimento e lucratividade tanto nos Estados Unidos como fora. Tornou-se a maior concorrente da GM e chegou a superá-la no mercado automobilístico europeu, em grande expansão. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.

Mais em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/benchmarking-idealismo-versus-melhores-praticas/108441/

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