terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Empreendedorismo: fundadores versus administradores profissionais

A história de Henry Ford, sua ascensão e declínio, e a restauração da sua companhia sob os cuidados de seu neto Henry Ford II, já foi contada tantas vezes que passou a fazer parte do folclore. Ei-la:

Henri Ford, partindo do nada em mil novecentos e cinco, construiu em quinze anos a maior e mais rentável indústria do mundo. A Ford Motor Company, no início do década de vinte, dominou e quase monopolizou o mercado automobilístico americano e manteve uma posição de liderança na maioria dos mais importantes mercados automobilísticos do resto do mundo. Além disso, havia acumulado dos seus lucros, reservas em dinheiro de carca de um bilhão de dólares. Alguns poucos anos depois, em mil novecentos e vinte e sete, este império empresarial aparentemente inexpugnável estava em ruína. Tendo perdido sua posição de liderança e quase incapaz de se menter num mero terceiro lugar no mercado, a Ford sofreu prejuízos praticamente todos os anos durante uns vinte anos e não conseguiu mais competir vigorosamente até o final da Segunda Guerra Mundial. Em mil novecentos e quarenta e quatro, o neto do fundador, Henry Ford II, então com apenas vinte e seis anos de idade e sem qualquer treinamento ou experiência, assumiu o controle, despediu os companheiros de seu avô num golpe palaciano, contratou uma equipe administrativa inteiramente nova e salvou a companhia.
Mas nem sempre se destaca que esta história dramática é muito mais do que um caso de sucesso ou fracasso pessoal. Ela é, acima de tudo, o que seria possível chamar de uma experiência controlada em má administração.

O velho Ford fracassou por causa da sua firme convicção que uma empresa não necessitava de adminsitradores nem de uma administração. Tudo que precisava, seguno ele, era de um dono e seus ajudantes. A única diferença entre Ford e a maioria dos seus contemporâneos no mundo dos negócios, tanto nos Estados Uidos como no exterior, foi o fato de ele ser iorredutível em suas convicções. O modo como ele as punha em prática - , despedindo ou alienando qualquer um de seus ajudantes, independentemente da sua capacidade, que ousasse agir como um administrador ou que agisse sem receber ordens expressas de Ford – só pode ser descrito como o teste de uma hipótese que acabou por provar sua falsidade.

Na realidade, o que faz da história da Ford um caso único – além de importantíssimo – é Henry Ford ter conseguido testar sua hipótese, em parte porque viveu tanto tempo, e em parte porque tinha um bilhão de dólares com os quais apoiar suas convicções. Seu fracasso não foi consequência de sua personalidade ou temperamento, mas principalmente de sua recusa em aceitar como necessários os administradores e a administração, fundamentados sobre a tarefa e as funções, e não sobre delegações diretas do patrão. Outras informações podem ser obtidas no livro Fator humano e desempenho, de autoria de Peter F. Drucker.

Mais em http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/empreendedorismo-fundadores-versus-administradores-profissionais/108424/

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