terça-feira, 15 de setembro de 2020

Impeachment: Silva teria apenas seis votos contrários ao processo, segundo jornal

Alvo de dois pedidos de impeachment ( * vide nota de rodapé ) que tramitam na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ( SC ) ( ALESC ), a situação política do governador do Estado de SC, Carlos Moisés da Silva ( do Partido Social Liberal - PSL ) é mais do que delicada. Se fosse hoje a votação da autorização para abertura do processo contra ele, a vice-governadora Daniela Cristina Reinehr ( sem partido ) e o secretário de Estado da Administração ( SEA ) Jorge Eduardo Tasca pelo supostamente irregular pagamento de uma gratificação aos procuradores do Estado ( * vide nota de rodapé ), o trio não poderia contar com mais do que seis votos entre os quarenta votos dos deputados estaduais.

Situação política do governador Carlos Moisés é mais do que delicada na Alesc
Situação política de Silva é mais do que delicada na ALESC ( Foto : Peterson Paul, Secom / Divulgação )

A abertura do processo de impeachment ( * vide nota de rodapé ), com posterior encaminhamento para um tribunal misto composto por cinco deputados estaduais eleitos pelo plenário e cinco desembargadores sorteados entre os noventa e dois da corte, depende de vinte e sete votos favoráveis em plenário. Para escapar, Silva precisa que quatorze parlamentares votem contra ou se abstenham. Uma equação que até agora está difícil de ser alcançada pelo Centro Administrativo ( CA ).

Um levantamento informal junto às bancadas e deputados isolado indica que neste momento vinte e seis votos são dados como certos a favor da abertura do pedido de impeachment baseado no caso do pagamento da verba de equivalência para equiparar os salários dos procuradores do Estado com os da Assembleia - uma gratificação de cerca de cinco mil reais ( * vide nota de rodapé ).

A maior parte dos votos pelo impeachment ( * vide nota de rodapé ) vem das três maiores bancadas da ALESC. O Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ), com nove integrantes, e o Partido Social Democrático ( PSD ), com cinco, estão fechados. No PSL, partido de Silva, os quatro deputados dissidentes - os bolsonaristas Jessé Lopes, Ana Campagnolo, Sargento Lima e Felipe Estevão - também deverão votar pela abertura do processo, enquanto Coronel Mocellin e Ricardo Alba ainda se mantêm nas hostes governistas.

Mais seis votos pelo impeachment ( * vide nota de rodapé ) viriam do Partido Liberal ( PL ) ( quatro ) e do Partido Socialista Brasileiro ( PSB ) (dois). Embora o senador Jorginho Mello ( PL / SC ) venha sendo procurado por Silva e interlocutores, a bancada alinhou que votará junta e seguindo a oposição - postura adotada pelo líder Ivan Naatz e por Maurício Eskudlark, ex-líder do governo. Completam a lista Marcos Vieira ( do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB ) e o Sérgio Motta ( Republicanos ).

Ao lado de Silva, além dos dois pesselistas, ainda está o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ) da líder do governo Paulinha e de Rodrigo Minotto, o tucano Vicente Caropreso e Zé Milton ( Progressista ). Mantida a atual configuração, Silva precisaria conquistar os oito nomes considerados indecisos no parlamento. Entre eles, estão os quatro deputados da bancada do Partido dos Trabalhadores ( PT ), que faz reuniões internas para definição em bloco de sua posição e que hoje tende a ser contra o impeachment.

Ainda assim, Silva precisaria conquistar João Amin - presidente da comissão especial ( CE ) do impeachment ( * vide nota de rodapé ) - e Altair Silva, ambos do Progressista, Jair Miotto ( do Partido Social Cristão - PSC ) e Bruno Souza ( do Partido Novo ). Neste quarteto, a inclinação maior é pela aprovação da abertura do processo. Se não houver nenhuma medida judicial no meio do caminho, a votação do afastamento será realizada no dia vinte e dois de setembro de dois mil e vinte. 

Esta é a contagem regressiva para Silva mudar um cenário que hoje parece consolidado para aprovação do pedido de impeachment ( * vide nota de rodapé ) e constituição do tribunal misto que vai decidir o futuro de Silva, eleito por setenta e um por cento dos eleitores catarinenses em dois mil e dezoito. Embora haja articulação paralela para tentar salvar Daniela Cristina Reinehr ( sem partido ) caso haja votação separa de Silva, não há alteração substancial no cenário de votos neste momento.


Com informações de:


Upiara Boschi, do jornal Diário Catarinense ( DC ) .


P.S.:


Notas de rodapé:


* Mais detalhes dobre o aumento dos vencimentos dos procuradores do Estado em:

https://claudiomarcioaraujodagama.blogspot.com/2020/09/impeachment-aumento-de-vencimentos-de.html .

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