Uma operação contra grupos que fazem apologia ao nazismo cumpre mandado de busca e apreensão no município de Porto União, no Norte do Estado de Santa Catarina, nesta quinta-feira ( dezesseis de dezembro de dois mil e vinte e um ). A operação é conduzida pela Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ) e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ( MPRJ ).
Dos alvos da ação, Quinze são do Estado do Rio de Janeiro ( RJ ), nove em São Paulo ( SP ), dois no Rio Grande do Sul ( RS ), dois no Paraná ( PR ), um em Minas Gerais ( MG ), um no Rio Grande do Norte ( RN ) e um em SC.
Em Porto União, a PCSC do município prestou apoio na operação. De acordo com o delegado Wellington Gustavo Spiacci, as investigações chegaram na casa de um adolescente de Dezessete anos de idade, morador da cidade.
No local, foram encontrados itens como bandeiras, facas, livros, suásticas e aparelhos eletrônicos que fazem apologia ao nazismo. O adolescente, no entanto, não foi apreendido. Os materiais serão encaminhados para a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro ( PCRJ ), responsável pelas buscas.
Investigação dura sete meses
As investigações iniciaram há sete meses e começaram após um alerta do Cyber Lab e da Homeland Security Investigations ( HSI ), órgãos do governo dos Estados Unidos da América ( EUA ). Com a quebra de sigilo de dados telefônicos, foi possível identificar a existência de grupos autodeclarados nazistas e ultranacionalistas.
A partir da análise do material periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli ( ICCE ), da PCRJ, e pelo MPRJ foi encontrado farto material de conteúdo racista contra negros e judeus, chamando a atenção os diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente disseminação de ódio.
Conforme a PCRJ, em maio de dois mil e vinte e um, um dos alvos foi identificado por utilizar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair simpatizantes e realizar ameaças. Na ocasião, a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima representou pela decretação da prisão cautelar temporária de trinta dias e pela expedição de mandado de busca e apreensão e quebra do sigilo de dados.
Os investigados, alguns adolescentes, publicam em redes sociais e em aplicativos de mensagens diversas fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista e falam abertamente sobre a prática de violência contra estas populações.
Com informações de:
Catarina Duarte ( catarina.santos@nsc.com.br ), Caroline Borges ( caroline.borges@nsc.com.br ) e Sabrina Quariniri ( sabrina.quariniri@nsc.com.br ) .
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