terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Aedes aegypti: focos do mosquito se expandem em 28% em SC

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina ( DIVE/SC ) divulga o boletim n° um de dois mil e dezenove sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, com dados até a Semana Epidemiológica ( SE ) número dois ( trinta de dezembro de de dois mil e dezoito a doze de janeiro de dois mil e dezenove ).
Vigilância entomológica do Aedes aegypti
No período de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a doze de janeiro de dois mil e dezenove, foram identificados setecentos e vinte e sete focos do mosquito Aedes aegypti em setenta e cinco municípios. Comparado ao mesmo período de dois mil e dezoito, quando foram identificados quinhentos e sessenta e seis focos em sessenta e cinco municípios, houve um aumento de vinte e oito vírgula quatro por cento, conforme o Gráfico um e a Figura um ( disponíveis em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/808-boletim-epidemiologico-n-01-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-12-01-2019-se-02-2019 ).
Em relação à situação entomológica, até a Semana Epidemiológica número dois de dois mil e dezenove, são setenta e seis municípios considerados infestados, o que representa um incremento de vinte vírgula seis por cento em relação ao mesmo período de dois mil e dezoito, que registrou sessenta e três municípios nesta condição, como se pode ver no Quadro um ( disponíveis em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/808-boletim-epidemiologico-n-01-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-12-01-2019-se-02-2019 ).  
 A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

Dengue
No período de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a doze de janeiro de dois mil e dezenove, foram notificados cinquenta e seis casos de dengue em Santa Catarina. Destes, oito ( quatorze por cento ) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e quarenta e oito ( oitenta e seis por cento ) estão sob investigação pelos municípios, conforme a Tabela um ( disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/808-boletim-epidemiologico-n-01-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-12-01-2019-se-02-2019 ).

Na comparação com o mesmo período de dois mil e dezoito, quando foram notificados noventa e sete casos, observa-se uma redução de quarenta e dois por cento na notificação de casos em dois mil de dezenove ( cinquenta e seis casos notificados ), de acordo com o Gráfico dois ( disponíveis em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/808-boletim-epidemiologico-n-01-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-12-01-2019-se-02-2019 ).
Em dois mil e dezenove, até o momento, não foram confirmados casos de dengue em Santa Catarina.
Febre de chikungunya
No período de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a doze de janeiro de dois mil e dezenove, foram notificados oito casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Todos os casos permanecem como suspeitos, sendo investigados pelos municípios, conforme Tabela dois ( disponíveis em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/808-boletim-epidemiologico-n-01-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-12-01-2019-se-02-2019 ).
Na comparação com o mesmo período de dois mil e dezoito, observa-se que não houve alteração no número de notificação em dois mil e dezenove ( oito casos notificados ).
Em dois mil e dezenove, até o momento, não foram confirmados casos de febre de chikungunya em Santa Catarina.
Zika vírus
No período de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a doze de janeiro de dois mil e dezenove não foram notificados casos de zika vírus em Santa Catarina.
Situação das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC
Em dois mil e dezenove, a Sala Estadual participará da primeira videoconferência com a Sala Nacional no dia dezoito de janeiro. Entre os assuntos que serão discutidos estão: cenário entomológico e epidemiológico, planejamento das ações para o ano e Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti ( LIRAa ).
A Sala ainda mantém a orientação para que todos os municípios infestados continuem com suas salas de situação em funcionamento, com o objetivo de desencadear ações intersetoriais para o controle do Aedes aegypti. Nesse sentido, está sendo realizado um levantamento junto aos municípios, para buscar informações sobre as atividades da Salas, e programar atividades para o ano de dois mil e dezenove.
 O que é dengue?
Dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.
A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas mais leves ( oligossintomáticas ) até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue circulantes no mundo ( DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 ) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O termo “dengue hemorrágica” deixou de ser empregado em dois mil e quatorze, quando o Brasil passou a utilizar a nova classificação da doença, que leva em consideração que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
Sinais e sintomas
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta ( trinta e nove a quarenta graus Célcius ) de início abrupto, que tem duração de dos a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em cinquenta por cento dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Com a diminuição da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite. No entanto, alguns pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, caracterizada pelo aparecimento de sinais de alarme, que podem indicar o deterioramento clínico do paciente.
Quadros graves
Sangramentos de mucosas ( nariz, gengivas ), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura são considerados sinais de alarme. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade.
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma ( parte líquida do sangue ) é perdido através do extravasamento nos vasos sanguíneos, ele se caracteriza por pulso rápido e fraco, diminuição da pressão de pulso, extremidades frias, demora no enchimento capilar, pele pegajosa e agitação. O choque é de curta duração e pode, após terapia apropriada, evoluir para uma recuperação rápida; mas, pode também avançar para o óbito, num período de doze a vinte e quatro horas.
Qualquer pessoa pode desenvolver formas graves de dengue já na primeira infecção, apesar de isso ocorrer com maior frequência entre a segunda e a terceira infecção, devido à resposta imune individual. No entanto, crianças, gestantes e idosos, além daqueles em situações especiais ( portadores de hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma brônquica, alergias, doenças hematológicas ou renais crônicas, doença grave do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença autoimune ), têm maior risco de apresentar quadros graves de dengue.
Atenção: na presença de sinais de alarme, o paciente deve retornar imediatamente ao serviço de saúde.
Pessoas que estiveram, nos últimos quatorze dias, numa cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados.
O que é febre de chikungunya?
É uma infecção viral causada pelo vírus chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda ( com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas ) e evoluir para as fases subaguda ( com persistência de dor articular ) e crônica ( com persistência de dor articular por meses ou anos ). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa "aquele que se curva".
Pessoas que estiveram, nos últimos quatorze dias, em cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da febre de chikungunya e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados.
O que é febre do zika vírus?
É uma doença causada pelo vírus zika ( ZIKAV ), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de três a sete dias, geralmente sem complicações graves.
Segundo a literatura, mais de oitenta por cento das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, caracterizam-se pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
  • evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
  • guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • mantenha lixeiras tampadas;
  • deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  • trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
  • retire a água acumulada em lajes;
  • dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
  • mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
  • evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
  • denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
  • caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
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