A proposta, muito bem recebida pelo governo dos EUA, é a de que todos os estados mais o Distrito Federal criem um consórcio público para realizar, de maneira integrada, a preservação e a recuperação de todos os biomas nacionais. “Não só da Floresta Amazônica, mas também da Caatinga, do Cerrado, da Mata Atlântica, do Pantanal, de todos os biomas”, ressaltou o governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT).
O objetivo é ampliar o conceito de ativos verdes da Amazônia — pelo qual a preservação da floresta passa a ser uma atividade remunerada — para o de ativos verdes do Brasil. Assim, tanto os governos quanto as famílias que vivem em áreas a serem preservadas ou recuperadas poderão ser recompensados pela atividade de preservação. Os governadores acreditam que, além dos Estados Unidos, outros governos, como os da Europa e da China, têm interesse em financiar a preservação das florestas brasileiras.
Dessa maneira, os governadores terão mais recursos para realizar o monitoramento e a fiscalização das áreas de preservação, bem como aplicar as leis de proteção ambiental. Já as famílias que vivem nessas áreas serão beneficiadas porque ganharão ao colaborar com a preservação e recuperação dos biomas. E os outros países, por sua vez, terão no Brasil interlocutores confiáveis, uma vez que a política ambiental de Jair Bolsonaro se mostra a pior possível, com aumento consecutivo de desmatamento, estímulo a queimadas e envolvimento de ministro com venda de madeira ilegal.
Wellington Dias deu um exemplo de como isso será implementado: “No Nordeste, nossa meta é coletar sementes de plantas nativas com a ajuda das famílias que vivem nessas áreas de preservação e seu entorno para a produção de 45 milhões de mudas, para plantarmos e ampliarmos a captura de CO2”, descreveu. Segundo o governador, essa ação, sozinha, será capaz de capturar da atmosfera 285 mil toneladas de gás carbônico por ano, contribuindo para o combate do efeito estufa e das mudanças climáticas, que ameaçam a existência da humanidade.
Com informações de pt.org.br .
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