segunda-feira, 20 de maio de 2019

Saúde: boletim confirma 573 casos de dengue no ano em SC

O Administrador Cláudio Márcio Araújo da Gama ( registrado no Conselho Regional de Administração - CRA - do Estado de Santa Catarina - SC sob o número vinte e quatro mil, seiscentos e setenta e três ) participou no dia vinte e três de abril de dois mil e dezenove de videoconferência da Sala Estadual de Coordenação e Controle ao Aedes aegypti ( SECC) com Salas Municipais de Coordenação e Controle ao Aedes aegypti ( SMCCs ), através do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos de Desastres ( CIGERD ) da Secretaria de Estado da Defesa Civil ( SDC ), em Florianópolis.

Durante o encontro, alguns municípios puderam compartilhar ações exitosas no controle ao mosquito Aedes aegypti. Itajaí, por exemplo, mantém reuniões periódicas para alinhamento de ações desde dos mil e quinze, ano em que o município enfrentou uma epidemia de dengue. Itapiranga, no oeste do Estado, criou comissões para os prédios púbicos municipais, além da aquisição de equipamentos para visualização de depósitos de difícil acesso. Em Cunha Porã, foi aprovada uma lei municipal que proíbe vasos de plantas em cemitérios, após discussões e apontamentos da Sala Municipal.Em dois mil e dezenove, a Sala Estadual está participando de videoconferências mensais com a Sala Nacional de Coordenação e Controle ao Aedes Aegypti ( SNCC ). O assunto discutido na última reunião foi a ação de recolhimento dos pneus que será realizada nos municípios, como também a atualização do cenário entomológico e epidemiológico e o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti ( LIRAa ) realizado em março de dois mil e dezenove.
A Sala mantém a orientação para que todos os municípios infestados continuem com suas salas de situação em funcionamento, com o objetivo de desencadear ações intersetoriais para o controle do Aedes aegypti.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica ( DIVE ) da Superintendência de Vigilância em Saúde ( SUV ) da Secretaria de Estado da Saúde ( SES ) de Santa Catarina ( SC ) divulga o boletim número quatorze de dois mil e dezenove sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, com dados até a Semana Epidemiológica ( SE ) número dezenove ( de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a onze de maio de dois mil e dezenove ).
Vigilância entomológica do Aedes aegypti
No período de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a onze de maio de dois mil e dezenove, foram identificados dezesseis mil, quinhentos e cinquenta e oito focos do mosquito Aedes aegypti em cento e setenta e oito municípios. Comparado ao mesmo período de dois mil e dezoito, quando foram identificados dez mil, cento e sessenta e um focos em cento e quarenta e oito municípios, houve um aumento de sessenta e três por cento no número de focos identificados, conforme o Gráfico um ( disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ) e a Figura um ( disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ). O aumento do número de focos nas SE oito, nove e onze de dois mil e dezenove está associado ao Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti ( LIRAa ), no qual ocorreu a coleta de larvas pelos municípios infestados, para o conhecimento do Índice de Infestação Predial ( IIP ).
Em relação à situação entomológica, até a SE número dezenove de dois mil e dezenove, são oitenta e cinco municípios considerados infestados, o que representa um incremento de vinte e um vírgula quatro por cento em relação ao mesmo período de dois mil e dezoito, que registrou setenta municípios nesta condição, como se pode ver no Quadro um ( disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ).
A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
Dengue
O boletim epidemiológico da DIVE utiliza as informações dos casos suspeitos notificados pelos municípios no Sistema de Informações de Agravos de Notificação ( SINAN On-line ). Estes dados estão disponíveis para os municípios, Secretarias Estaduais de Saúde e Ministério da Saúde. Diferente do Ministério da Saúde, que divulga os casos prováveis ( todos os casos notificados, excluindo-se os descartados ), a DIVE divulga os casos confirmados, suspeitos e descartados, por entender que dentre os casos prováveis, muitos estão aguardando resultados laboratoriais e investigação epidemiológica. A divulgação dos casos confirmados e descartados é feita após encerramento da investigação pelo município no SINAN On-line.
No período de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a onze de maio de dois mil e dezenove, foram notificados três mil, trezentos e sessenta e oito casos de dengue em SC. Destes, quinhentos e setenta e três ( dezessete por cento ) foram confirmados ( quinhentos e setenta e um pelo critério laboratorial e dois pelo clínico epidemiológico), noventa e cinco ( três por cento ) estão inconclusivos ( classificação utilizada no SINAN para os casos que, após sessenta dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada ), mil setecentos e dois ( cinquenta por cento ) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e novecentos e noventa e oito ( trinta por cento ) estão sob investigação pelos municípios (Tabela um - ( disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ).
Do total de casos confirmados até o momento, quatrocentos e oitenta e cinco são autóctones ( transmissão dentro do Estado ) ( Tabela dois - disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ), quarenta e nove casos são importados ( transmissão fora do Estado ), ( Tabela três - disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ), vinte e dois casos estão em investigação de Local Provável de Infecção ( LPI ) e dezessete são indeterminados pois não foi possível definir o LPI.
Em comparação com o último boletim, houve a confirmação de cento e onze casos autóctones e sete casos importados.
Em relação aos casos autóctones, o Laboratório Central de Saúde Pública ( LACEN ) identificou o sorotipo de trinta e oito amostras, sendo em vinte o DENV-1, com circulação nos municípios de Itapema, Bombinhas, Porto Belo e Balneário Camboriú e em dezoito o DENV-2, com circulação nos municípios de Florianópolis, Balneário Camboriú, Camboriú, Cunha Porã, Itapema e Porto Belo.
Na comparação com o mesmo período de dois mil e dezoito, quando foram notificados mil e vinte e três casos, observa-se um aumento de duzentos e vinte e nove por cento na notificação de casos em dois mil e dezenove ( três mil trezentos e sessenta e oito casos notificados ), de acordo com o Gráfico dois ( disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ).
Em relação aos casos confirmados, em dois mil e dezenove, até o momento foram confirmados quinhentos e setenta e três casos no Estado, sendo que no mesmo período em dois mil e dezoito haviam sido confirmados trinta e quatro casos ( Gráfico três - disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ).
Febre de chikungunya
No período de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a onze de maio de dois mil e dezenove, foram notificados duzentos e noventa e três casos de febre de chikungunya em SC. Destes, sete ( dois por cento ) foram confirmados pelo critério laboratorial, cento e vinte e quatro ( quarenta e três por cento ) foram descartados e cento e sessenta e dois ( cinquenta e cinco por cento ) permanecem como suspeitos ( Tabela quatro - disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ).
Os sete casos importados confirmados até o momento são residentes dos municípios de Balneário Camboriú, Brusque, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Pinhalzinho e Tubarão, com ( LPI ) nos Estados do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão.
Em comparação com o mesmo período de dois mil e dezoito, quando foram notificados duzentos e dois casos de febre de chikungunya, observa-se um aumento de quarenta e cinco por cento na notificação de casos em dois mil e dezenove ( duzentos e noventa e três casos notificados ).
Zika vírus
No período de trinta de dezembro de dois mil e dezoito a onze de maio de dois mil e dezenove foram notificados setenta e cinco casos de zika vírus em SC, sendo que quarenta ( cinquenta e três por cento ) foram descartados, sete ( dez por cento ) foram inconclusivos e vinte e oito ( trinta e sete por cento ) permanecem como suspeitos ( Tabela cinco  - ( disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/873-boletim-epidemiologico-n-14-2019-vigilancia-entomologica-do-aedes-aegypti-e-situacao-epidemiologica-de-dengue-febre-de-chikungunya-e-zika-virus-em-santa-catarina-atualizado-em-11-05-2019-se-19-2019 ).
Na comparação com o mesmo período de dois mil e dezoito, quando foram notificados quarenta e seis casos, observa-se um aumento de sessenta e três por cento na notificação de casos em dois mil e dezeove ( setenta e cinco casos notificados ).
O que é dengue?
Dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.
A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas mais leves ( oligossintomáticas ) até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue circulantes no mundo ( DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 ) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O termo “dengue hemorrágica” deixou de ser empregado em dois mil e quatorze, quando o Brasil passou a utilizar a nova classificação da doença, que leva em consideração que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
Sinais e sintomas
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta ( de trinta e nove a quarenta graus Célcius ) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em cinquenta por cento dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Com a diminuição da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite. No entanto, alguns pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, caracterizada pelo aparecimento de sinais de alarme, que podem indicar o deterioramento clínico do paciente.
Quadros graves
Sangramentos de mucosas ( nariz, gengivas ), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura são considerados sinais de alarme. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade.
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma ( parte líquida do sangue ) é perdido através do extravasamento nos vasos sanguíneos, ele se caracteriza por pulso rápido e fraco, diminuição da pressão de pulso, extremidades frias, demora no enchimento capilar, pele pegajosa e agitação. O choque é de curta duração e pode, após terapia apropriada, evoluir para uma recuperação rápida; mas, pode também avançar para o óbito, num período de doze a vinte e quatro horas.
Qualquer pessoa pode desenvolver formas graves de dengue já na primeira infecção, apesar de isso ocorrer com maior frequência entre a segunda ou terceira infecção, devido à resposta imune individual. No entanto, crianças, gestantes e idosos, além daqueles em situações especiais ( portadores de hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma brônquica, alergias, doenças hematológicas ou renais crônicas, doença grave do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença autoimune ), têm maior risco de apresentar quadros graves de dengue.
Atenção: na presença de sinais de alarme, o paciente deve retornar imediatamente ao serviço de saúde.
Pessoas que estiveram, nos últimos quatorze dias, numa cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados.
O que é febre de chikungunya?
É uma infecção viral causada pelo vírus chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda ( com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas ) e evoluir para as fases subaguda ( com persistência de dor articular ) e crônica ( com persistência de dor articular por meses ou anos ). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa "aquele que se curva".
Pessoas que estiveram, nos últimos quatorze dias, em cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da febre de chikungunya e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados.
O que é febre do zika vírus?
É uma doença causada pelo vírus zika ( ZIKAV ), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de três a sete dias, geralmente sem complicações graves.
Segundo a literatura, mais de oitenta por cento das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, caracterizam-se pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
  • evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
  • guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • mantenha lixeiras tampadas;
  • deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  • trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
  • retire a água acumulada em lajes;
  • dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
  • mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
  • evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
  • denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
  • caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
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