quarta-feira, 27 de março de 2019

Saúde: Gama representa SCC em reunião sobre epidemias em SC

O Administrador Cláudio Márcio Araújo da Gama ( registrado no Conselho Regional de Administração - CRA de Santa Catarina - SC sob o número vinte e quatro mil, seis centos e setenta e três ), terceiro na foto, participou, nesta segunda-feira, vinte e cinco de março de dois mil e dezenove de reunião da Sala Estadual de Coordenação e Controle ( SECC ) do Aedes aegypti. Gama representa a Secretaria de Estado da Casa Civil ( SCC ) na SECC. Na reunião, foi apresentado o resultado de um levantamento da situação e deliberadas ações para os próximos dias.

Trinta e dois municípios do Estado de Santa Catarina ( SC ) apresentam alto risco para transmissão de dengue, zika e febre de chikungunya, de acordo com o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti ( LIRAa ), divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica ( DIVE ) da Superintendência de Vigilância em Saúde ( SUV ) da Secretaria de Estado da Saúde ( SES ) de SC. Os dados do LIRAa também revelam que trinta e três municípios apresentam médio risco e dez apresentam baixo risco de transmissão das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.


Conforme definido na Estratégia Operacional do Estado ( EOE ), os municípios considerados infestados pelo mosquito devem realizar o LIRAa duas vezes ao ano. Ao todo, setenta e cinco cidades fizeram o levantamento. Florianópolis e Navegantes são considerados infestados, mas não realizaram a atividade. Os dados revelam que oitenta e seis vírgula sete por cento dos municípios infestados apresentam médio ou alto risco de transmissão das doenças.
“No mesmo período do ano de dois mil e dezenove esta condição era menor. Por isso, mais uma vez precisamos intensificar as ações de controle vetorial, especialmente nestas regiões”, explica João Augusto B. Fuck, Gerente de Controle de Entomologia e Zoonoses ( GEZOO ) da DIVE.
LIRAa



O levantamento inspecionou cinquenta e sete mil, trezentos e noventa e três depósitos que continham água parada, ou seja, potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti foram analisados. A maioria era de recipientes móveis, como balde, vaso de planta e copos plásticos ( vinte e um mil, duzentos e seis ). Em segundo lugar, estão o lixo e a sucata ( dezenove mil, oitocentos e oitenta e um ). “Estes dados revelam o quanto todos temos que manter a vigilância sobre nossas casas, o nosso local de trabalho e as nossas ruas. O ano inteiro”, alerta Fuck.


O objetivo do LIRAa é a identificação do tipo e a quantidade de depósitos encontrados que possam ser potenciais criadouros do mosquito nos imóveis vistoriados. A atividade foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde ( MS ) em dois mil e dois, sendo realizada pelos municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. O levantamento é feito por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial ( IIP ).

Sala de Situação

Os dados completos foram apresentados durante reunião da Sala Estadual de Coordenação e Controle ( SECC ) do Aedes aegypti ( Sala de Situação ) nesta segunda-feira, vinte e cinco de março de dois mil e dezenove.
A SECC é um espaço intersetorial e permanente que gerencia e monitora a intensificação das ações de mobilização e controle ao mosquito Aedes aegypti em SC. É composta por órgãos públicos e da sociedade civil organizada.

 LIRAa completo

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), divulga o resultado do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) realizado entre o mês de fevereiro e marçocomparando com a atividade realizada no mesmo período no ano de 2018. 
LIRAa é uma atividade que foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde em 2002, sendo realizada pelos municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. Ela permite a identificação de áreas com maior proporção/ocorrência de focos, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus. A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP). 
Conforme definido na Estratégia operacional do estado de Santa Catarina, os municípios infestados devem realizar a atividade nos meses de março e novembro.  
 Em março de 2018 a atividade do LIRAa foi realizada por 64 municípios (o município de São José realizou a atividade em maio), destes 17 (26,5%) apresentaram alto risco para a transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, 33 (51,6%) apresentaram médio risco e 14 (21,9%) baixo risco. Destaca-se que, dos 17 municípios com alto risco, 15 estavam localizados na região oeste e 2 na região da Foz do Rio Itajaí. 
Neste ano, 77 municípios foram orientados a realizar o LIRAa em março de 2019. Desses 75 realizaram a atividade e as informações foram enviadas ao Ministério da Saúde. Os municípios de Florianópolis e Navegantes não enviaram informações a respeito da atividade até o momento.  
Dos municípios que realizaram o LIRAa32 (42,7%) apresentaram alto risco para transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, 33 (44%) médio risco e 10 (13,3%) baixo risco, conforme Tabela 1 e Quadro 1. Dos 32 municípios classificados como alto risco, 28 estão localizados na região oeste e 4 na região da Foz do Rio Itajaí (Figura 1). 
Os dados demonstraram um aumento nos municípios classificados com alto e médio risco. Em março de 2018 foram 78,1% dos municípios nessa condição, enquanto nesse ano o percentual subiu para 86,7%. 
Tabela 1: Classificação dos municípios quanto ao risco de transmissão de dengue, zika vírus e febre chikungunya. Santa Catarina, 2018/2019*. Disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/838-boletim-epidemiologico-levantamento-de-indice-rapido-para-o-aedes-aegypti-liraa-atualizado-em-21-03-2019 .

 
Fonte: LIRAa/LIA (com informações até o dia 21/03/2019). 
Quadro 1Situação dos municípios, segundo Índice de Infestação Predial (IIP). LIRAa/LIA. Santa Catarina, março/2019*. Disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/838-boletim-epidemiologico-levantamento-de-indice-rapido-para-o-aedes-aegypti-liraa-atualizado-em-21-03-2019 .
 Fonte: LIRAa/LIA (com informações até o dia 21/03/2019). 
Figura 1Situação dos municípios, segundo Índice de Infestação Predial (IIP). LIRAa/LIA. Santa Catarina, 2018/2019. Disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/838-boletim-epidemiologico-levantamento-de-indice-rapido-para-o-aedes-aegypti-liraa-atualizado-em-21-03-2019 .
(Atualizado em 21/03/2019). 
A atividade do LIRAa fornece informações referentes a quantidade e o tipo de recipientes inspecionados, ou seja, locais que apresentam água, e que podem servir como criadouros para reprodução do Aedes aegypti. Esses dados auxiliam os municípios a discutir e direcionar ações para áreas apontadas como críticas, além de avaliar as atividades desenvolvidas, o que possibilita a otimização de recursos humanos e materiais disponíveis.  
No LIRAa realizado em março de 2018 foram inspecionados 45.705 depósitos. Já na atividade realizada em março de 2019 foram 57.393 depósitos, o que representa um aumento de 25,5% no número de depósitos inspecionados (situação que pode estar associada ao aumento no número de municípios infestados). 
  Conforme a Figura 2, os principais tipos de recipientes inspecionados na atividade realizada em março de 2019 foram: pequenos recipientes móveis, como pratinhos de plantas e baldes (35,7%), lixo e sucata (33,8%)e os recipientes fixos como calhas e piscinas (14,3%). 
Figura 2Número de depósitos inspecionados no LIRAa, março. Santa Catarina, 2018/ 2019. Disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/838-boletim-epidemiologico-levantamento-de-indice-rapido-para-o-aedes-aegypti-liraa-atualizado-em-21-03-2019 .
 
(Atualizado em 21/03/2019). 
Entretanto, é importante destacar que em relação aos recipientes predominantes existem diferenças conforme a Gerência Regional de Saúde (GERSA) analisada (Tabela 2). Os pequenos depósitos móveis foram predominantes nas GERSAS de Concórdia (44%), Grande Florianópolis (48,2%), Itajaí (31,5%), Joaçaba (62,2%), Joinville (37,2%) e Mafra (46,3%).  Os recipientes fixos, como calhas, ralos e piscinas representaram 29,3% dos inspecionadas na GERSA de Itajaí. 
O lixo e a sucata representaram 68,8% dos recipientes inspecionados na GERSA de Araranguá, 41,4% em Blumenau, 45,3% em Chapecó, 35,2% em São Miguel do Oeste e 46,5% em Xanxerê. Quando a análise recai sobre os recipientes naturais, como as bromélias, existiu uma representatividade maior nas GERSAS de Concórdia (23,9%) e Blumenau (11,8%). Em relação ao armazenamento de água elevado, como caixas d´água destacaram-se as GERSAS de Mafra com 4,9% e São Miguel do Oeste com 4,4% do total de recipientes inspecionados. 
Tabela 2: Depósitos inspecionados no LIRAa, por tipo e GERSA. Santa Catarina, março de 2019. Disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php/2-sem-categoria/838-boletim-epidemiologico-levantamento-de-indice-rapido-para-o-aedes-aegypti-liraa-atualizado-em-21-03-2019 . 
Salientamos que os IIP apresentados neste Boletim são calculados de forma global para o município, não particularizando a situação de infestação por estrato. Assim, cabe a cada município analisar os dados obtidos levando em consideração os diferentes índices por estrato, bem como os tipos de recipientes prevalentes, objetivando direcionar as ações de controle vetorial adequadas.  
É importante destacar que o aumento no número de municípios classificados como médio e alto riscofavorece a possibilidade de ocorrência de surtos ou epidemias das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.  
Com essa situação, é fundamental a intensificação das ações de controle envolvendo outras áreas da gestão municipal e da sociedade civil organizada, afim de eliminar e adequar locais que possam acumular água. O controle do Aedes aegypti ainda é a melhor estratégia para evitar a transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus no estado de Santa Catarina. 
Com informações da DIVE.
Outras informações adicionais para a imprensa podem ser obtidas na Assessoria de Comunicação ( ASCOM ) da DIVE de SC com Amanda Mariano , Bruna Matos e Patrícia Pozzo pelos telefones números ( 48 ) 3664-7406 , 3664-7402 e 3664-7385 .

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