A vereadora de Florianópolis ( Capital do Estado de Santa Catarina - SC ) Carla Ayres ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) noticiou que recebeu uma mensagem eletrônica ( e - mail ) com ameaças de morte contra ela e a comunidade LGBTQIAP+. Ela foi nesta quarta-feira ( Vinte e oito de junho de Dois mil e vinte e três ) à delegacia de polícia ( DP ) da Capital, onde registrou um boletim de ocorrência ( B.O ).
Carla falou sobre a ameaça sofrida durante um seminário que discutia os desafios da garantia de direitos da comunidade LGBTQIAP+. A mensagem diz: “Eu juro, mas eu juro do fundo do meu coração que eu vou trocar o meu Corsa em uma pistola Nove Milímetros ( 9mm ) e vou comprar uma passagem só de ida para meter uma bala na sua cabeça e em todas as sapatonas, negros, gays e homossexuais que estiverem aí”.
Segundo Carla, a ameaça foi enviada pelo mesmo homem que teria compartilhado mensagens de ódio contra duas deputadas estaduais de São Paulo ( SP ), ambas negras e bissexuais.
— Enquanto resisto sendo a primeira mulher assumidamente lésbica eleita nesta cidade, a minha assessoria lia este e-mail. Nossas vidas estão em risco pelo que somos: mulheres, negras e LGBTIAP+. Essa não é a primeira ameaça que a gente recebe — disse.
Carla havia denunciado um e-mail de ameaças em fevereiro de Dois mil e vinte e três, quando foi chamada de "sapatona doente". Na época, ela também registrou um B.O.. Desta vez, porém, Carla afirma que o autor do e-mail citou a localização exata de sua residência, e que “poderia ser qualquer pessoa na saída da Câmara de Municipal de Florianópolis ( CMF ), ou um vendedor na rua”. O homem, que criticou o projeto de autoria de Carla sobre pobreza menstrual ainda escreveu: “basta apenas um só deslize seu e BOOM”.
— Todas as medidas cabíveis já foram tomadas e diversos órgãos municipais, estaduais e federais foram acionados. Eu exijo que minha segurança e de todas as pessoas que caminham ao meu lado seja garantida — afirmou Carla.
De acordo com a diretora de Polícia da Grande Florianópolis, delegada Michele Alves Correa Rebelo, a Polícia Civil do Estado de Santa Catarina ( PMSC ) deve abrir um inquérito sobre a ameaça. Ela pontua com uma investigação já ocorre na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso ( DPCAMI ) da Capital em relação a outra denúncia.
— Se ela fez o B.O. com certeza nós vamos apurar. Neste caso, se a vítima manifestar o ‘ok’, nós vamos apurar — explica.
Com informações de:
Nenhum comentário:
Postar um comentário