O Estado de Santa Catarina ( SC ) foi o terceiro Estado brasileiro que mais teve prejuízos financeiros com acidentes de trânsito em trechos de rodovias federais no último ano de Dois mil e vinte e dois. Além de Seis mil trezentos e quarenta e três vítimas, entre mortos e feridos, as ocorrências deixaram um custo de Um vírgula trinta e dois bilhão de reais ( se é que tem como calcular o custo de vidas humanas perdidas ou mutiladas ).
O prejuízo com os acidentes no Estado só ficou atrás dos gastos de Minas Gerais ( MG ) ( Um vírgula sessenta e nove bilhão de reais ) e do Paraná ( PR ) ( Um vírgula quarenta e um bilhão de reais ). No Brasil todo, a perda com as ocorrências nas BRs foi de Doze vírgula noventa e um bilhões de reais.
Os valores são de uma estimativa da Confederação Nacional do Transporte ( CNT ), que calcula um gasto de cerca de Duzentos mil reais por incidente — foram Sete mil quinhentos e oitenta e sete nos trechos catarinenses das BRs em Dois mil e vinte e dois.
As quantias envolvem principalmente gastos com as vítimas ( atendimento hospitalar, perda de produtividade, previdência ) e os veículos ( danos materiais, custos de remoção, perda e reposição de cargas ), mas também incluem custos com a própria via e os que a CNT trata como institucionais.
— Os custos institucionais são relacionados a seguros, processos judiciais, o atendimento do policial que se deslocou até a rodovia. E os custos da via são os danos provocados na própria infraestrutura, porque eventualmente se destrói uma placa, um poste, uma barreira em uma ponte — explica Bruno Batista, diretor-executivo da CNT, em entrevista à NSC TV ( afiliada da Rede Globo de Televisão - RGTV - em SC ).
O dirigente da entidade faz ainda apelo por investimentos em melhorias na infraestrura, o que poderia minimizar os custos com os acidentes, além das mortes.
— O não investimento acaba gerando ônus para a sociedade e perda de eficiência logística. É um péssimo negócio não investir em melhorias das nossas rodovias — afirmou.
Porta-voz do Departamento da Polícia Rodoviária Federal ( DPRF ) em SC, órgão que fiscaliza o tráfego nas BRs, o inspetor Adriano Fiamoncini reafirma que os acidentes podem estar relacionados a deficiências estruturais das rodovias, mas também à imprudência de motoristas.
— Colisão frontal em pista simples é o tipo de acidente que mais causa morte, é aquela ultrapassagem na hora errada ou no local proibido. Em pista simples, isso ocorre muito no interior do Estado. Atitudes e decisões erradas são as principais causas de acidentes, principalmente com as ultrapassagens mal sucedidas — diz Fiamoncini, também à NSC TV.
O estudo da CNT sobre os custos com as ocorrências, divulgado em março deste ano de Dois mil e vinte e três, lista que, ao menos no ano de Dois mil e vinte e dois, os trechos com cenário mais alarmante foram os das rodovias federais números Cento e um, Quatrocentos e setenta e Duzentos e oitenta e dois ( BRs 101, 470 e 282 ).
A primeira delas, que beira todo o Litoral, teve três mil duzentos e noventa e dois acidentes e Cento e vinte mortes; a segunda, que corta o Vale do Itajaí, teve Novecentos e noventa e três ocorrências e Setenta e três óbitos; já a terceira, a maior do Estado, atravessando ele da Grande Florianópolis ao Extremo-Oeste, acumulou Novecentos e trinta e seis incidentes e Oitenta e quatro vítimas fatais.
A CNT é a mesma entidade que reconheceu, em Dois mil e vinte e um, a rodovia federal número Cento e sessenta e três ( BR-163 ) em SC como a pior rodovia pavimentada do país. No ano seguinte, ele subiu algumas posições no ranking, mas ainda se manteve o pior trecho de uma rodovia federal.
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