Quase três meses após decretar situação de emergência em seis hospitais públicos da Grande Florianópolis ( Capital do Estado de Santa Catarina - SC ), o governo do Estado de SC decidiu ampliar o estado emergencial para toda a rede hospitalar catarinense. O decreto foi publicado na última sexta-feira ( Dezesseis de junho de Dois mil e vinte e três ) e passa a englobar hospitais de todas as regiões que apresentem situações como infraestrutura inadequada, instalações em risco, insuficiência de equipamentos ou profissionais.
No decreto que atestou atestado de emergência em hospitais da Grande Florianópolis, o foco era combater problemas estruturais enfrentados nos edifícios das instituições de saúde, como rachaduras, defeitos em instalações elétricas, prediais e de climatização. Embora mirasse os reparos nessas áreas, o documento também visava a agilizar obras de ampliação, a construção de novas emergências no Hospital Infantil Joana de Gusmão ( HIJG ) e no Hospital Regional de São José ( HRSJ ), além da criação de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva ( UTI ) nessas unidades.
Segundo o governo do Estado de SC, essas medidas continuarão em andamento com o novo documento. O prazo indicado em março era de Cento e oitenta dias.
O novo decreto que estende o estado de emergência aos demais hospitais do Estado ocorre pela preocupação com a alta ocupação de leitos de UTI, causada pela grande quantidade de casos de síndromes respiratórias e de dengue. O alerta se justifica pelos números.
Até esta segunda-feira ( Dezenove de junho de Dois mil e vinte e três ), o painel de leitos do governo de SC apontava taxa de ocupação média de Noventa e três por cento nas vagas de UTI do Estado. Em duas macrorregiões, a Foz do Rio Itajaí e a Grande Oeste, os hospitais tinham Cem por cento das UTIs ocupadas, sem espaços disponíveis para novos pacientes.
Na prática, o documento deve permitir mais agilidade ao Estado na contratação de profissionais e serviços, abertura de novos leitos, compra de equipamentos, itens de reparo e obras de ampliação caso essas ações sejam necessárias para atender à demanda crescente de pacientes. O Estado não detalhou quais medidas e que regiões devem ser contempladas neste momento.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde ( SES ), não há um valor específico destinado pelo Estado às ações necessárias para ampliação do atendimento. Os recursos vão depender das necessidades dos hospitais e virão do orçamento geral da saúde ( OGS ). A gestão dessas decisões deve ser centralizada pelo governo estadual.
Entre o fim de maio e início de junho de Dois mil e vinte d três, o governo de SC já havia divulgado a abertura de Cento e quarenta e quatro novos leitos em hospitais de diferentes regiões do Estado.
Agilidade e segurança para ampliar vagas
A Secretária da SES, Carmen Emília Bonfá Zanotto ( do partido Cidadania ) , alerta que os casos de síndromes respiratórias devem se intensificar nos próximos dias em função do inverno rigoroso em SC, o que exige atenção.
— O decreto traz também a questão das doenças respiratórias que estamos vivendo. Essa emergência sanitária procura dar mais segurança às ações que precisam e estão sendo desenvolvidas para garantirmos a ampliação em especial de leitos de UTI adultos, neonatais e pediátricos, tendo em vista que em alguns períodos do mês a gente está com superlotações nestas áreas — explica Carmen.
O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina ( COSEMS ), Daisson Trevisol, explica que a ocupação de UTIs é historicamente alta no Estado nos meses de maio e junho, quando há o aumento do frio e de doenças respiratórias. Neste ano, o número de casos de dengue em regiões como o Norte de SC e a Grande Florianópolis também teria contribuído para a lotação de leitos de terapia intensiva.
Ele afirma que o novo decreto deve buscar acelerar ações como contratações e compras necessárias para a abertura de novas vagas, que no setor público costumam ser um pouco mais demoradas.
— A preocupação principal da secretaria parece ser agilizar esse processo e tentar abrir mais leitos, credenciar outros hospitais e fazer aquilo que é necessário para garantir os atendimentos — avalia.
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