O advogado Cristiano Zanin teve a indicação para o Supremo Tribunal Federal ( STF ) aprovada pelo Senado Federal nesta quarta-feira ( Vinte e um de junho de Dois mil e vinte e três ), logo depois de ter sido sabatinado pelos senadores por quase oito horas e ter recebido aprovação da Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ) da Casa.
No Plenário do Senado, Zanin contou com Cinquenta e oito votos favoráveis e Dezoito contrários, sem abstenções. A Casa tem Oitenta e um senadores, mas apenas Setenta e seis estiveram presentes na sessão. Na CCJ, o agora novo ministro do STF havia sido aprovado por Vinte e um votos a Cinco, também sem abstenção alguma — a comissão tem Vinte e sete membros.
Durante a sabatina, Zanin agradou à maioria dos senadores, o que gerou a expectativa de uma ampla votação a favor da indicação, tanto na CCJ quanto no Plenário. Os critérios considerados pelos senadores são se o indicado tem notório saber jurídico e reputação ilibada, por exemplo.
Entre as respostas, o advogado afirmou ao senador e ex-juiz federal Sergio Moro ( do partido União ), que não pretende se declarar suspeito ou impedido em processos apenas por terem a “etiqueta” da Lava-Jato, mas que a avaliação dependerá de cada processo e das pessoas envolvidas.
Sobre as ações em que atuou como advogado, ele deixou claro que pretende se declarar impedido. Zanin advogou por Lula ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) nos processos da Operação Lava Jato em Curitiba e recebeu agora indicação do presidente ao STF.
Quem é Cristiano Zanin
Cristiano Zanin Martins, de Quarenta e sete anos de idade, foi advogado do presidente Lula nos processos da Operação Lava-Jato. Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica ( PUC ) de São Paulo ( SP ), ele foi indicado no início deste mês para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal ( STF ) com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.
Zanin também foi coordenador jurídico da campanha do presidente em Dois mil e vinte e dois e, no governo de transição, assumiu a área de cooperação jurídica internacional.
Quando começou a advogar para Lula, Zanin não tinha experiência na área criminal. A especialidade era em litígios empresariais e recuperações judiciais. Ele trabalhou em casos de grande repercussão, como a recuperação judicial da Viação Aérea Riograndense ( VARIG ), a falência da Transbrasil e a revisão do acordo de leniência da J&F.
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