A situação do ex - Presidente da República ( PR ) Jair Messias Bolsonaro ( do Partido Liberal - PL ) diante da Justiça fica, a cada dia, mais complicada. Segundo reportagem exibida no domingo ( Vinte de agosto de Dois mil e vinte e dois ) pelo programa Fantástico da Rede Globo de Televisão ( RGTV ), fonte do Departamento da Polícia Federal ( DPF ) confirma que mensagens encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid incriminam Bolsonaro.
Segundo o programa, as mensagens “indicam que Bolsonaro sabia das tentativas de Cid vender e depois resgatar as joias” que pertenciam ao Estado brasileiro, mas que Bolsonaro e sua esposa, Michelle, decidiram surrupiar.
Quando se tornarem públicas, essas mensagens farão com que Bolsonaro seja, mais uma vez, pego na mentira de forma vergonhosa. Na semana passada, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Bolsonaro tentou jogar toda a responsabilidade em cima de Cid, que foi seu ajudante de ordens na PR.
Em mais uma cena armada para parecer um homem simples, Bolsonaro conversou com o jornalista em uma lanchonete enquanto comia pão e tomava um pingado. Ali, disse que Cid tinha “autonomia”, sugerindo que o tenente coronel agiu por conta própria.
Cid teme pela segurança da família
Essa afirmação, no entanto, já foi desmentida pelo advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, que em mais de uma ocasião afirmou que CID agiu a mando de Bolsonaro, que recebeu o dinheiro das joias que foram vendidas ilegalmente.
Bitencourt também participou da reportagem do Fantástico e voltou a dizer que a ordem de venda partiu de Bolsonaro, e que o dinheiro de pelo menos um item, um relógio da marca Rolex, foi para Bolsonaro.
“O Cid realmente vendeu esse relógio e mandou o dinheiro parceladamente ( … ), destinou a quem de direito, que era a família presidencial, o presidente e a primeira-dama”, disse.
O advogado revelou também que Cid ainda não contou esses fatos ao Departamento da Polícia Federal ( DPF ) e que o fará apenas quando novo depoimento for agendado. “Evidentemente, ele precisa ser assegurado, pois é uma coisa perigosa, ele sabe, tem consciência, é difícil, é complexa. Toda preocupação que se tem é com a família.”
Escândalo ressoa na CPMI
Para muitos membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ( CPMI ) do Golpe, a Comissão de deveria investigar o escândalo das joias, uma vez que existe a possibilidade de o dinheiro obtido com a venda das peças ter ajudado a financiar a tentativa de golpe de Estado da qual Bolsonaro e vários membros de seu governo participaram.
Na sessão desta terça-feira ( Vinte e dois de agosto de Dois mil e vinte e três ), esse tema deve ser discutido, uma vez que será votada uma nova série de requerimentos de convocação de testemunhas e pedidos de acesso a documentos.
Além disso, na quinta-feira ( Vinte e quatro de agosto de Dois mil e vinte e três ), será colhido o depoimento do sargento Luís Marcos dos Reis, que também integrou a Ajudância de Ordens de Bolsonaro.
Além de ser suspeito de ter participado diretamente do ataque às sedes dos Três Poderes em Oito de janeiro de Dois mil e vinte e três, ele movimentou em suas contas Três vírgula trinta e quatro milhões de reais milhões entre Primeiro de fevereiro de Dois mil e vinte e dois e Oito de maio de Dois mil e vinte e três. Com uma renda mensal de Treze vírgula três mil reais, ele recebeu dezenas de depósitos e repassou parte dos recursos para Mauro Cid.
Mais do que joias
A CPMI do Golpe já descobriu, após a quebra do sigilo bancário de Mauro Cid, que o ex-ajudante de ordens tinha uma conta milionária secreta na qual foram movimentados Oito vírgula quatro milhões de reais entre Dois mil e vinte e Dois mil e vinte e dois.
Os relatórios entregues à CPMI, segundo o jornal O Estado de São Paulo, mostram também que Cid administrou outros Dois vírgula três milhões de reais como procurador das contas de Bolsonaro. Tanto dinheiro, desconfiam parlamentares da CPMI, podem ter vindo de outras ações ilegais e não só da venda de joias.
Com informações da:
Agência PT de Notícias
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