O ex-Diretor-Geral do Departamento da Polícia Rodoviária Federal ( DPRF ), Silvinei Vasques, foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira ( Nove de agosto de Dois mil e vinte e três ), na Grande Florianópolis ( Capital do Estado de Santa Catarina - SC ), segundo o Portal G Um. A detenção ocorreu durante investigação sobre interferência no segundo turno das eleições presidenciais de Dois mil e vinte e dois.
Na época, o DPRF teria feito blitz em ônibus com eleitores no dia do segundo turno, em estados da Região Nordeste ( NE ).
A Operação Constituição Cidadã, deflagrada pelo Departamento da Polícia Federal ( DPF ), nesta quarta-feira ( Nove de agosto de Dois mil e vinte e três ), cumpre Dez mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão em SC, Rio Grande do Sul ( RS ), Distrito Federal ( DF ) e Rio Grande do Norte ( RN ). Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ).
O objetivo é esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral relativo ao segundo turno das Eleições Presidenciais. Segundo as investigações, integrantes da do DPRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores em Trinta de outubro de Dois mil e vinte e dois, quando era realizado o segundo turno das Eleições, disputada pelos então candidatos à Presidência da República ( PR ) Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) e Jair Messias Bolsonaro ( do Partido Liberal - PL ).
Segundo a o DPF, os crimes teriam sido planejados desde o início de outubro, e o patrulhamento ostensivo foi direcionado à região NE do país, que tradicionalmente dá maior proporção de votos para o PT.
Operações em rodovias nas eleições
As operações em rodovias no dia da votação haviam sido proibidas pelo STF na véspera do segundo turno. Na mesma data, Vasques também havia postado em uma rede social mensagem em que pedia voto ao ex-presidente Bolsonaro.
Nos meses após a eleição, ele também teve a atuação contestada por suposta omissão da do DPRF no combate a bloqueios em rodovias federais promovidos por bolsonaristas radicais, descontentes com o resultado das urnas.
Vasques também respondeu a um inquérito por uma suposta agressão a um frentista após uma briga por causa de uma lavação de carro na cidade de Cristalina, no Estado de Goiás ( GO ), no ano Dois mil. Ele foi condenado pela Justiça Federal de Santa Catarina ( JFSC ) em Dois mil e dezessete, mas desde então vem recorrendo da decisão que determinou indenização ao envolvido.
Vasques negou irregularidades em depoimento à CPI
Primeiro depoente da Comissão Parlamentar de Inquérito ( CPI ) de Oito de janeiro que investiga atos golpistas contra as sedes dos três poderes, Vasques negou que tenha havido qualquer omissão ou irregularidade na atuação do DPRF.
— Nossos policiais estavam lá para garantir a segurança. Nesse dia, não foi registrado nenhum acidente grave com ônibus e vans — disse, sobre o dia do segundo turno.
Vasques ainda alegou que seria “impossível” articular uma atuação irregular em todo o país.
— Grande parte dos nossos policiais eram eleitores do presidente Lula. Não há, não é possível cometer esse crime. Não como parar Treze mil policiais sem ter uma conversa por WhatsApp, Telegram, sem um e-mail enviado. Nenhum participou ou ouviu alguma coisa. Não tem como fazer uma operação dessa e envolver Treze mil policiais sem ter uma simples conversa de corredor — disse.
Relação com SC
Além das polêmicas na gestão Bolsonaro, Vasques também tem forte relação com o Estado de SC. Ele é natural de Ivaiporã, no Estado do Paraná ( PR ), mas atua como inspetor do DPRF desde Mil novecentos e noventa e cinco e chegou a ser superintendente do DPRF em SC e no Rio de Janeiro ( RJ ). Também foi secretário municipal de Segurança ( SMS ) de São José, entre Dois mil e sete e Dois mil e oito.
No fim de Dois mil e vinte e dois, após entrar para o quadro de inativos do cargo no DPRF, Vasques teve o nome cotado para assumir a Secretaria de Segurança Pública ( SSP ) de SC no futuro governo de Jorginho dos Santos Mello ( do Partido liberal - PL ), eleito com apoio de Bolsonaro. A indicação, no entanto, não se confirmou.
Segundo a plataforma Lattes, ele é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina ( UFSC ), em Direito pela Universidade do Vale do Rio Itajaí ( UNIVALI ), em Segurança Pública pela universidade do Sul do Estado de SC ( UNISUL ) e em Administração pela Universidade do Estado de SC ( UDESC ).
Com informações de:
Redação DC ( redacaodc@nsc.com.br ) .
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