Em petição protocolada no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), o Partido dos Trabalhadores ( PT ) solicitou que mensagens com fake news ( notícias falsas ) e de teor golpista compartilhadas entre o ex - Presidente da República ( PR ) Jair Messias Bolsonaro e o empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, sejam incluídas em uma ação que tramita no TSE contra Bolsonaro. As informações são do jornal O Globo.
Trata-se de mais uma ação na qual Bolsonaro é suspeito de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, crime que já o tornou inelegívl por oito anos. As mensagens, por sua vez, foram identificadas pelo departamento da Polícia Federal ( DPF ) e vieram recentemente a público. São repletas de ataques ao Poder Judiciário ( PJ ) e de mentiras sobre as urnas eletrônicas e a Covid - Dezenove.
Segundo Portal Gê Um, após encaminhar uma das mensagens, com ataques a integrantes do Supremo Tribunal Federal ( STF ) e fake news sobre urnas, Bolsonaro acrescentou o comando: “Repasse ao máximo”.
Já o Portal Universo On Line ( UOL ), que teve acesso ao relatório completo do DPF sobre o caso, informou que, em outro texto, Bolsonaro citava “sangue” e “guerra civil” caso ele fosse derrotado nas eleições de Dois mil e vinte e dois.
Ao todo, foram Dezoito mensagens desse tipo trocadas entre Bolsonaro e Nigri no ano de Dois mil e vinte e dois. Por conta delas, Bolsonaro deverá mais uma vez depor ao DPF. A oitiva está marcada para o dia Trinta e um de agosto de Dois mil e vinte e três.
Ao pedir que essas mensagens passem a fazer parte da ação no TSE, o PT argumentou que Bolsonaro “atuava diretamente no compartilhamento de mensagem que maldizia a atuação do TSE, sobretudo do trabalho realizado pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF ) que a compõe, reforçando a ideia do voto impresso e que as empresas de pesquisas estariam em conluio com as Cortes Superiores para inflar os números do candidato adversário”.
Depoimento do hacker
Outro pedido do PT é que também seja incluído na ação o depoimento que o hacker Walter Delgatti deu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ( CPMI ) do Golpe na semana anterior. Na ocasião, Delgatti contou que Bolsonaro e a deputada federal Carla Zambelli ( do Pl - SP ) pediram para que ele participasse de uma série de crimes que visavam a prejudicar o processo eleitoral de Dois mil e vinte e dois.
Segundo o PT, o depoimento de Delgatti deixa claro “o estratagema de Bolsonaro para pôr em descrédito a legitimidade das Eleições de Dois mil e vinte e dois”.
“Os fatos novos trazidos nessa oportunidade robustecem os fundamentos da presente ação, e consolidam os deliberados e multifacetados ataques de Bolsonaro ( e demais investigados ) contra o sistema eleitoral e a credibilidade da Justiça Eleitoral”, afirma ainda a petição.
Com informações da;
Agência PT de Notícias
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