O índice de confiança dos comerciantes brasileiros subiu Zero vírgula três por cento entre julho e agosto de Dois mil e vinte e três, na série com ajuste sazonal, interrompendo uma sequência de três meses de quedas. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo ( CNC ) e apontam que o indicador alcançou Cento e dez vírgula seis pontos, na zona de satisfação.
Segundo o levantamento, o aumento da confiança dos comerciantes se deve, em grande parte, às sucessivas quedas da inflação e à recente redução da taxa básica de juros ( Serviço Especial de liquidação e Custódia - SELIC ) pelo Banco Central do Brasil ( BACEN ).
Na passagem de julho para agosto de Dois mil e vinte e três, a avaliação das condições atuais entre os comerciantes cresceu Um por cento para oitenta e sete vírgula quatro pontos, com melhora nos quesitos economia ( alta de Três vírgula quatro por cento, para Setenta e quatro vírgula seis pontos ) e setor ( Zero vírgula quatro por cento, para Oitenta e três vírgula um pontos ), mas ligeira queda para o quesito empresa ( Zero vírgula um por cento negativo, para Cento e quatro vírgula quatro pontos ).
Quanto às expectativas, houve redução de Zero vírgula dois por cento em agosto ante julho de Dois mil e vinte e três, para Cento e quarenta e um vírgula sete pontos, com recuos nos quesitos economia ( Zero vírgula três negativo, para Cento e trinta e um vírgula um pontos ) e empresa ( Zero vírgula sete ponto negativo, para Cento e cinquenta e dois vírgula três pontos), mas melhora na perspectiva para o setor ( alta de Zero vírgula seis por cento, para Cento e quarenta e um vírgula seis pontos ).
Já as intenções de investimentos cresceram Zero vírgula dois por cento em agosto ante julho de Dois mil e vinte e três, para Cento e dois vírgula nove pontos, com expansão na intenção de contratação de funcionários ( Zero vírgula sete por cento, para Cento e dezenove vírgula três pontos ) e em estoques ( Zero vírgula três por cento, para noventa e um vírgula cinco pontos ), mas queda na empresa ( Zero vírgula três ponto negativo por cento, para noventa e sete vírgula oito pontos ).
Em nota, a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa da CNC, afirmou que o aumento na intenção de contratações de funcionários em agosto de Dois mil e vinte e três pode ser atribuído “à aproximação de datas relevantes do calendário de vendas no varejo neste segundo semestre de Dois mil e vinte e três, ao alívio da renda vindo da inflação mais baixa e da resiliência do mercado de trabalho”.
Inadimplência
A CNC aponta também que um aumento da inadimplência empresarial ainda preocupa o varejo. “Segundo dados do BACEN, houve um crescimento acelerado da inadimplência acima de Noventa dias no crédito com recursos livres entre as pessoas jurídicas desde a segunda metade de Dois mil e vinte e dois.
Aproximadamente Três vírgula três por cento do crédito destinado às empresas estão em situação de inadimplência há mais de três meses, o maior percentual desde agosto de Dois mil e dezoito”, frisou a entidade.
Já em relação ao nível de endividamento e inadimplência entre os consumidores, embora permaneça elevado, a CNC avalia que o início do processo de redução da taxa básica de juros ( SELIC ) “trouxe certo alívio”. “Isso repercutiu no otimismo dos comerciantes de bens duráveis ( eletroeletrônicos, móveis, decorações, cine / foto / som, materiais de construção e veículos ), com o índice de confiança desse grupo atingindo Cento e cinco vírgula três pontos”, diz a nota da CNC.
Os dados da CNC sobre inadimplência demonstram os efeitos nocivos da insistência do bolsonarista Roberto Campos Neto, presidente do BACEN, em manter a taxa básica de juros ( SELIC ) em patamares extorsivos. No início de agosto de Dois mil e vinte e três, após muitas pressões, o índice foi reduzido em apenas meio ponto percentual, para Treze vírgula vinte e cinco por cento ao ano.
A entidade aponta que, embora o nível de endividamento e inadimplência entre os consumidores permaneça elevado, o início do processo de redução da taxa básica de juros, a SELIC, “trouxe certo alívio”.
“Isso repercutiu no otimismo dos comerciantes de bens duráveis ( eletroeletrônicos, móveis, decorações, cine / foto / som, materiais de construção e veículos ), com o índice de confiança desse grupo atingindo Cento e cinco vírgula três pontos”, diz a nota da CNC.
Com informações de:
Agência PT de Notícias
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