sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Homicídio: Garçom morre a tiros em SC. Empresário é suspeito. Advogado Bruno Gastão da Rosa alega legítima defesa

O empresário Lincoln Zaghi Júnior, que matou a tiros Utan Guraçai da Rosa Camargo, de 38 anos, no sábado ( Vinte e oito de janeiro de Dois mil e vinte e dois ) em São José, na Grande Florianópolis ( Capital do Estado de Santa Catarina ), prestou depoimento à Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ), mas por videochamada. O homicídio ocorreu durante uma discussão por causa de estacionamento.



Cena foi filmada por câmera de segurança.

Familiares e amigos de Camargo fizeram uma manifestação na segunda-feira ( Trinta de janeiro de Dois mil e vinte e três ) contra o investigado, que é um empresário do ramo de salões de beleza de luxo. Ele prestou o depoimento na terça-feira ( Primeiro de fevereiro de Dois mil e vinte e três ) e respondia pelo assassinato em liberdade até a manhã desta quarta-feira ( Dois de fevereiro de Dois mil e vinte e três ).


Incialmente, Zaghi se apresentaria à polícia de forma presencial na e na terça-feira prestaria depoimento, mas isso não ocorreu. O advogado Bruno Gastão da rosa, responsável pela defesa de Zaghi, afirmou que o depoimento foi realizado na hora marcada, mas de forma não presencial.


Ainda segundo o advogado Bruno Gastão da Rosa, o depoimento foi feito por videochamada por orientação do Delegado de Polícia ( DP ) e por questão de segurança. O advogado Bruno Gastão da Rosa disse que Zaghi não está foragido da Justiça e que se apresentará às autoridades caso tenha a prisão decretada.

"Visto que estava tendo um tumulto dos familiares, parentes e amigos da vítima, o DP, por uma questão de segurança, optou por fazer em um local que, até o momento, ele pediu para manter em sigilo, mas sem nenhum prejuízo à oitiva. Foi de fato realizado o interrogatório", completou.


O Portal G1 não havia conseguido contato com o DP até às Nove horas e trinta minutos desta quinta-feira ( Dois e fevereiro de Dois mil e vinte e três ). o advogado Bruno Gastão da Rosa alegou que o empresário agiu em legítima defesa.


"Deixou clara a sua versão de que agiu em legítima defesa, que não havia a intenção de matar, que fez, conforme os fatos se deram, no intuito de não sofrer a agressão, mas não imaginou que teria o resultado morte", declarou o advogado.


Para os familiares da vítima, as imagens comprovam que Camargo não agiu de forma violenta contra Zaghi.

"Quando o meu irmão viu que ele puxou a arma para matar esse rapaz, a única pergunta que o meu irmão fez para ele: 'por que tu vais atirar?', e foi para cima. Mas ele não foi para cima na intenção de bater nele, até porque, nas filmagens, ele está com um cigarro na mão, e foi de braços abertos. Foi uma morte banal e o que conforta a gente é buscar por justiça", declarou a irmã de Camargo, Andréia Camargo.


De acordo com a Polícia Militar do Estado de SC ( PMSC ), que também esteve no local no dia do homicídio, Zaghi tem registros policiais por lesão corporal, ameaça, injuria, calúnia, difamação, descumprimento de medida protetiva de urgência, desacato.


Protesto


Na segunda-feira ( Trinta de janeiro de Dois mil e vinte e três ), parentes e amigos de Camargo fizeram um protesto pela morte dele. Um salão de beleza de luxo que pertence a Zaghi foi marcado com tinta vermelha, para representar o sangue da vítima. Cartazes de "luto" também foram colados em frente ao estabelecimento.


"Ele era nosso porto seguro", lamentou a irmã de Camargo, Andreia Camargo, que organizou a manifestação.


Camargo era natural de Cachoeira do Sul ( no Estado do Rio Grande do Sul - RS ) e trabalhava como garçom em um restaurante do Mercado Público de Florianópolis. O estabelecimento não abriu na segunda-feira ( Trinta de janeiro de Dois mil de vinte e três ).


"Ele era muito amado e muito família. Amava os cachorrinhos dele e o time dele, o Grêmio", relata a irmã Andreia Camargo.  Camargo deixa esposa e um filho de Doze anos de idade, do primeiro casamento.


Morte



O cliente da loja de conveniências foi baleado e morreu após uma discussão sobre estacionamento irregular. Conforme o boletim de ocorrência ( B.O. ), o homicídio aconteceu na noite de sábado ( Vinte e oito de janeiro de Dois mil e vinte e três ), após o proprietário do estabelecimento ligar para Guarda Municipal  de São José ( GMSJ ) pedindo que verificassem os carros que estariam estacionados irregularmente em frente à loja. Uma Câmera de segurança registrou a discussão.


O proprietário informou, em depoimento à Polícia Civil de SC ( PCSC ), que o empresário soube da solicitação, foi ao estabelecimento e o ameaçou. Em seguida, puxou uma arma e apontou contra ele.


Os tiros atingiram Camargo, que estava no local com a esposa. Camargo morreu. Segundo a companheira dele, em relato que consta no B.O., Zaghi entrou em um carro estacionado em frente à loja e fugiu.


Com informações de:



Joana Caldas, André Lux, g1 SC e NSCTV

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