Epidemia: placar, do segundo impeachment contra o governador Silva em SC, revela inabilidade política; segundo analista

O governo do Estado de Santa Catarina ( SC ) de Carlos Moisés da Silva ( do Partido Social Liberal - PSL ) foi alertado. Por mais de uma vez, pessoas próximas a Silva o procuraram para avisar que seria importante reduzir o distanciamento com a Assembleia Legislativa do Estado de SC ( ALESC ). Silva relutou, e só abriu os olhos para a importância da relação com o parlamento quando os processos de impeachment se avolumavam. Os dois votos contrários á continuidade do segundo processo de impeachment ( * vide nota de rodapé ) contra Silva na noite de vinte de outubro de dois mil e vinte na denúncia sobre a compra de duzentos ventiladores mecânicos por trinta e três milhões de reais com pagamento antecipado sem exigência de garantias sem a entrega dos produtos resumem a inabilidade política do chefe do Poder Executivo Estadual ( PEE ).

Estratégia política de Silva deu errado ( Foto : Julio Cavalheiro / Secom )

Faltou mais do que conversa entre Silva e os deputados. O erro vem antes disto. Silva nem sequer mostrou-se dispostos a dar o primeiro passo na busca pelo apoio republicano. E aos poucos distanciou-se do Poder Legislativo Estadual ( PLE ). Por mais que haja uma discussão do mérito de cada um dos pedidos de impeachment, a falta de articulação interferiu diretamente no futuro dos dois processos aprovados na ALESC.

​Destaca-se ainda a perda de relevância de um governo já desacreditado. Em dezessete de setembro de dois mil e vinte, Silva recebeu seis votos na votação do primeiro impeachment ( * vide nota de rodapé ) da equiparação salarial dos procuradores. Agora ( * 2 vide nota de rodapé ) teve dois. A força política já bastante debilitada ficou ainda mais desgastada, principalmente pelo tema envolvido na discussão, que foi a questão dos ventiladores mecânicos e do combate à pandemia.

​O resultado contundente na ALESC não significa que o governo errou apenas nos últimos dois ou três meses de tramitação das denúncias. A inabilidade foi construída em um ano e nove meses. O avanço dos impeachments tornaram-se consequência da fragilidade. Uma deficiência que era conhecida do próprio governo, mas foi negligenciada.

Com informações de:

Ânderson Silva, do jornal Diário Catarinense ( DC ).

P.S.:

Notas de rodapé:

* Mais sobre o segundo processo de impeachment contra Silva em:

https://claudiomarcioaraujodagama.blogspot.com/2020/10/epidemia-governo-silva-de-sc-e.html .

*2 Mais sobre o primeiro processo de impeachment contra Silva em:

https://claudiomarcioaraujodagama.blogspot.com/2020/10/impeachment-defesa-da-vice-governadora.html .