Há pouco mais de um mês, Jair Bolsonaro deu mais um passo para consolidar sua estratégia de sabotagem ao combate à pandemia. No dia 10 de junho, o extremista de direita afirmou que o ministro da Saúde Marcelo Queiroga iria anunciar um parecer para desobrigar o uso de máscaras em pessoas vacinadas e recuperadas da Covid-19. Pois bem. Neste domingo (25), o assessor de saúde da Casa Branca Anthony Fauci, considerado um dos maiores especialistas em infectologia dos EUA, desautorizou a prática da dispensa do uso de máscaras no país, mesmo em pessoas vacinadas com duas doses.
O especialista criticou o relaxamento ao afirmar que o país vai na “direção errada” na pandemia e que está em uma situação “desnecessária” de novos casos de Covid-19. O infectologista afirmou que considera a volta do uso do equipamento de proteção individual para pessoas imunizadas. Fauci também lamentou o número de americanos que não se vacinaram e atribuiu a nova onda de infecções aos que decidiram não se imunizar. “Este é um problema predominantemente entre os não vacinados, e é por isso que estamos lá, praticamente implorando aos não vacinados que saiam e se vacinem”, afirmou o infectologista.
Com mais de 600 mil óbitos por causa da doença, os EUA, que vinham registrando uma queda significativa no número de contágios e mortes com a aceleração da vacinação, foram atingidos pela variante delta. Por causa da resistência de uma parcela conservadora da população em se vacinar, Fauci se disse “muito frustrado” com o andamento da crise sanitária no país.
Fauci disse à CNN que participa constantemente de reuniões para tratar do uso de máscaras no país. Os EUA imunizaram cerca de 50% da população, segundo informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Pelo menos 163 milhões de americanos tomaram duas doses da vacina contra a Covid-19.
Enquanto o país lida com as consequências do negacionismo deixado como legado por Donald Trump, aliado de Bolsonaro, técnicos do governo estão estudando a possibilidade de aplicar uma dose de reforço para conter novas variantes da doença. Fauci sugeriu que o alvo inicial de uma dose extra são pessoas que receberam transplante de órgãos e pacientes com câncer.
“Aqueles que são pacientes que fizeram transplante, quimioterapia, têm doenças autoimunes, estão em regimes imunossupressores, são o tipo de indivíduo que, se houver uma terceira dose, o que provavelmente acontecerá, estariam entre os primeiros (elegíveis)”, disse Fauci à CNN.
Com informações de G1 e pt.org.br .
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