quarta-feira, 3 de julho de 2019

Orla do centro histórico de São José ( SC ) tem previsão de inauguração em agosto / 19

A revitalização da orla do Centro Histórico de São José, na Grande Florianópolis-SC, está perto de ser concluída. Inciada em dezembro do ano passado, a obra deve ficar pronta até o dia dezessete de agosto, quando a prefeitura pretende fazer um evento de inauguração.

O secretário de Planejamento de São José, Rodrigo de Andrade, afirma que noventa por cento dos trabalhos estão prontos e garante que a entrega será feita a tempo.

— A obra está seguindo como o planejado. O trapiche, por exemplo, já está com toda a infraestrutura finalizada, faltando a conclusão da pintura do piso, que está recebendo uma obra de arte, e a finalização da pavimentação do restante da área — comenta o secretário.
A recuperação promete fazer com que o espaço, antes abandonado, volte a ser uma opção de lazer para os moradores da cidade. Além do trapiche, foram construídas duas quadras, uma poliesportiva e outra de grama sintética, praça e escadaria. O local teve calçadas e iluminação revitalizadas, e receberá também academia ao ar livre, parede de escaladas para crianças e bicicletário.

Conforme o secretário Rodrigo de Andrade, a obra, que abrange a área dos fundos da Câmara de Vereadores até o local onde existia um ginásio de esportes, teve um investimento de três vírgula três milhões de reais, valor recuperado do duodécimo da Câmara de Vereadores.

Trapiche ganha painel com história da cidade

No chão do trapiche construído na orla, um painel contará a história da cidade desde antes de sua fundação, com centenas de imagens e textos explicativos. A obra é assinada pelo artista plástico Plínio Verani.

— Durante as discussões sobre a recuperação do Centro Histórico, chegamos a um conceito de algo como um largo da memória, e então decidimos incorporá-lo no chão do trapiche, pintando esse painel onde será possível acompanhar os momentos da formação da cidade - explica o artista, que é morador de São José e integra o Conselho Municipal de Cultura.

Para ele, a obra de revitalização é o primeiro passo no sentindo de recuperar e valorizar a memória da cidade.

— Há 49 anos, quando o prédio da Câmara de Vereadores foi construído, a cidade deu as costas para o mar, e com isso parece que perdeu a sua essência — observa.

Moradores e comerciantes esperam nova vida para local


Entre os moradores e comerciantes, a expectativa é de que a revitalização da orla também faça com que mais pessoas frequentem o local. Dono de um comércio há 40 anos no Centro Histórico, Antônio Nelson Pereira Soares diz que o movimento tem diminuído nos últimos tempos.

— Eu acho que a obra é positiva, porque vai trazer mais movimento para essa área da cidade. Está muito fraco — opina.

Allana Curcio Siutter, que é moradora e trabalha perto da orla, acrescenta que o espaço também gerava insegurança na população.

— Estava realmente precisando, pois essa área estava muito abandonada, até mesmo perigosa — diz.

Já a moradora Márcia Dutra lamenta que o Ginásio Municipal Carlos Varela, que ficava no local, tenha sido demolido. Ela diz que o espaço tinha um valor sentimental para ela, que o frequentou durante a escola, mas reconhece que a estrutura estava sem condições de uso.

— Até dá pra entender porque demoliram, pois realmente não estava recebendo o cuidado que merecia. O que a gente espera agora é que a nova área receba os cuidados necessários para não acabar ficando do mesmo jeito.

O ginásio esportivo, inaugurado em mil novecentos e oitenta e sete, ficou em desuso por mais de um ano e teve a cobertura destruída por um vendaval. Conforme o secretário Rodrigo de Andrade, a reforma do equipamento era inviável e cara porque a estrutura estava comprometida. Por isso, a prefeitura optou por demoli-lo.

Com informações do jornal Diário Catarinense.

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