terça-feira, 17 de novembro de 2020

Negacionismo: falta de posicionamento contra a posição do pai rende críticas à governadora em exercício Daniela em SC

A falta de posicionamento contundente contra a posição do pai sobre nazismo já rende fortes críticas à governadora em exercício do Estado de Santa Catarina ( SC ), Daniela Cristina Reinehr. Com apenas dois dias no cargo, a governadora interina de SC falou aos colunistas da rede NSC ( que controla a afiliada da Rede Globo de Televisão - RGTV - no Estado ), os jornalistas Ânderson Silva e Upiara Boschi, sobre o histórico negacionista do Holocausto do próprio pai, Altair Reinehr. Foram quatro questionamentos em relação ao tema. A entrevista completa foi publicada na edição impressa do jornal Diário Catarinense ( DC ) no fim de semana subsequente.
Na terça-feira (27), na coletiva de posse no cargo, Daniela foi questionada sobre o nazismo, mas evitou responder.
Na terça-feira ( vinte e sete de outubro de dois mil e vinte ), na entrevista coletiva de posse no cargo, Daniela foi questionada sobre o nazismo, mas evitou responder.
( Foto : )

Associações israelitas estão cobrando um posicionamento da senhora sobre essa questão do holocausto e a posição do seu pai. A senhora tem um posicionamento especificamente a essa questão do holocausto?

Eu vejo de uma forma muito clara, estou sendo de novo atacada por ato ou uma opinião que não é minha. Eu fui muito clara ontem ( terça-feira, vinte e sete de outubro de dois mil e vinte ) na entrevista quando disse que sou a favor da liberdade, dos direitos das pessoas, da democracia. Tenho um filho especial, sempre batalhei por isto. Eu nunca falei alguma frase neste sentido. Eu não posso ser julgada por opinião de terceiros, estão tentando me arrastar por opinião de terceiros e isto não existe. É realmente uma tentativa para me atacar. Eu sempre tive um comportamento muito respeitoso com as pessoas. Qualquer regime, qualquer conduta, que vá contra esses preceitos eu repudio.

Para deixar claro: a senhora acredita que o holocausto nazista existiu?

O que a gente vê nos livros é isso, a história que a gente lê.

E repudia o nazismo?

Estão tentando que eu faça uma briga pública familiar diante de uma atitude que eu nunca omiti. Desafio qualquer um que seja a provar que eu tenha feito qualquer coisa neste sentido ou tenha dito qualquer palavra neste sentido. Quero ser avaliado pelo que eu faço. Esta é uma briga em que não vou entrar, não vou aceitar este tipo de provocação de pessoas que estão querendo me atacar. De novo estão querendo me levar de arrasto por uma coisa que não tem nada a ver comigo ou com as condutas que tenho até aqui.

A senhora imaginou que seu primeiro dia de governo seria marcado por um debate sobre holocausto e nazismo?

Não houve debate, até porque eu nunca entrei neste tipo de debate. Eu simplesmente respeito as pessoas, respeito o que aconteceu. Nunca entrei neste tipo de situação e não é hoje que vou entrar. Eu peço que as pessoas me avaliem pelo que eu faço. Eu não vou entrar neste tipo de discussão porque jamais tomei qualquer tipo de posicionamento neste sentido de negar a história e de atacar pessoas. Eu sou uma figura pública hoje, mas preciso que respeitem também minhas relações familiares, independente das divergências de pensamento. Eu preciso respeitar meu pai, é um mandamento de Deus também. Eu sou mãe também. Estão me colocando em uma dicotomia: honrar pai e mãe e me manifestar a respeito de algo que jamais manifestei contrário. Jamais me manifestei contra qualquer fato histórico e nem faltei com respeito a ninguém. Peço que me respeitem neste momento.


Com informações de:


Ânderson Silva ( anderson.silva@somosnsc.com.br ) e Upiara Boschi ( upiara.boschi@somosnsc.com.br ) .

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