O filósofo e ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, é o novo presidente da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Ele obteve 1.205 votos de um total de 1.914 na disputa com o outro candidato, o neurocientista Carlos Alexandre Netto, em uma eleição que teve a participação de 60% dos sócios, o maior índice dos últimos dez anos. O processo eleitoral na entidade foi realizado durante o mês de junho.
Outro número também inédito na história dos 73 anos da SBPC diz respeito ao total de sete mulheres que irão compor a sua nova diretoria juntamente com Janine Ribeiro. Para os cargos de vice-presidentes foram eleitos a socióloga Fernanda Sobral e o físico Paulo Artaxo.
“A história mostra que o comparecimento é em torno de 50%, tivemos 60% que já é bom, mas gostaria que fosse mais, pois a democracia não é feita somente por votos, mas os votos são muito importantes para a democracia”, declarou Colli. E completou: “Quanto mais participação, melhor porque aumenta a diversidade de opiniões”, afirmou Walter Colli, presidente da Comissão Eleitoral da SBPC.
Renato Janine Ribeiro é filósofo, cientista político e professor titular na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Ele foi ministro da Educação em 2015, durante o governo Dilma Rousseff, mas antes foi diretor de Avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) de 2004 a 2008. Autor renomado, ganhou o prêmio Jabuti de Literatura em 2001, com sua obra “A Sociedade Contra o Social” (Companhia das Letras).
A eleição de Renato Janine Ribeiro, um intelectual de reconhecida notoriedade no meio acadêmico, vai contribuir para o fortalecimento da luta em defesa da pesquisa científica e contra o desmonte da pesquisa que vem sendo realizado pelo governo Bolsonaro.
O presidente Lula celebrou a escolha e registrou em seu Twitter a visita de Renato Janine na quinta-feira (8)CH/Divulgação:
A SBPC tem cerca de 3.500 sócios e 165 entidades científicas afiliadas, sendo considerada como a maior entidade representativa da ciência no país. Fundada no ano de 1948, a entidade sempre desempenhou um importante papel na defesa da democracia e na resistência durante o período da ditadura militar no país.
Durante os “anos de chumbo”, a SBPC foi uma das poucas entidades que não se acovardaram perante os atos autoritários do regime militar e sempre se manifestou contrária às perseguições a professores, pesquisadores e estudantes, além de agir contra a interferência nos sistemas educacional e científico, que pudessem ferir a autonomia das universidades.
Com informações de pt.org.br .
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