quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Direitos Humanos: Lula diz que PF deve investigar matança no RJ

O Presidente da República ( PR ) Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) disse , nesta terça-feira ( Quatro de novembro de Dois mil e vinte e cinco ) , que legistas do Departamento da Polícia Federal ( DPF ) devem participar da investigação sobre a operação policial que matou Cento e vinte uma pessoas no Estado do Rio de janeiro ( RJ ) na semana passada . Ele afirmou , ainda , que a operação resultou em “ matança ” . As informações são do Portal Gê Um .

Lula. Foto: Agência Brasil ( Divulgação ) .


Na última terça-feira ( Vinte e oito de outubro de Dois mil e vinte e cinco ) , o governo do RJ realizou uma megaoperação que mirou uma facção criminosa nos complexos do Alemão e da Penha. A ação foi a mais letal da história do RJ .

— Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação . Porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão , não tinha uma ordem de matança , e houve matança — disse Lula em entrevista às agências de notícias Associated Press ( AP ) e Reuters , durante viagem a Belém ( Capital do Estado do Pará - PA ) .


Lula também explicou que o governo está articulando para que legistas do DPF participem do processo de investigação sobre as mortes durante a atividade policial .

O Supremo Tribunal Federal ( STF ) fará uma audiência nesta quarta-feira ( Cinco de novembro de Dois mil e vinte e cinco ) para tratar do caso .


— Eu acho que é importante a gente verificar em que condições ela [ a operação ] se deu , porque até agora nós temos uma versão contada pela polícia , contada pelo governo do RJ e tem gente que quer saber se tudo aquilo aconteceu do jeito que eles falam ou se teve alguma coisa mais delicada na operação — afirmou Lula .

No dia seguinte à operação , o governador do RJ , Claudio Castro ( do Partido Liberal - PL ) disse que a operação “ foi um sucesso ” , e que as únicas vítimas foram os quatro policiais que morreram nos confrontos .

A repercussão que tomou a operação fez com que os ministros Ricardo Lewandowski ( Justiça e Segurança Pública ) , Macaé Evaristo ( Direitos Humanos - MDHC ) e Anielle Franco ( Igualdade Racial ) viajassem ao RJ na última semana para se reunir com Castro .

Castro está em Brasília ( DF ) nesta terça-feira ( Quatro de novembro de Dois mil e vinte e cinco ) , também para ações relacionadas ao tema .

— O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes , as pessoas podem considerar um sucesso , mas do ponto de vista da ação do Estado , eu acho que ela foi desastrosa — prosseguiu Lula , ainda durante a conversa com agências internacionais .


Lula já se pronunciou sobre a operação

A primeira crítica direta de Lula à operação foi feita nesta terça-feira . Na semana passada, logo depois da ação policial , Lula publicou nas redes sociais uma mensagem defendendo o combate ao crime organizado . No entanto , evitou criticar a atuação do governo do RJ ou das forças de segurança estaduais .

“ Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias , oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades . Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais , crianças e famílias inocentes em risco ” , disse , na ocasião .

Lula também defendeu a PEC da Segurança Pública, proposta do governo federal que tramita no Congresso Nacional ( CN ) e tem como principal objetivo fortalecer o combate integrado ao crime organizado . O governo enviou também o chamado Projeto Antifacção para apreciação do Poder Legislativo Federal ( PLF ) .

STF acompanha o caso

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou, no último domingo ( Dois de novembro de Dois mil e vinte e cinco ) , que o governo do RJ preserve " todos os elementos materiais " relacionados à execução da operação policial nas comunidades da Penha e do Alemão , “ como perícias e respectivas cadeias de custódia ” — que garantem a autenticidade e a validade das provas .


O objetivo da preservação desses elementos é possibilitar “ o exercício do controle e averiguação ” da atuação policial pelo Ministério Público ( MP ) , devendo ser “ garantido o acesso da Defensoria Pública do Estado ( DPE ) do RJ a esses elementos ” , escreveu Moraes .

Moraes , relator da APDF das Favelas — processo no qual o STF fixou condições para as operações policiais em favelas do RJ — , atendeu a um pedido da Defensoria Pública da União ( DPU ) feito na quinta-feira ( Trinta de outubro de Dois mil e vinte e cinco ) .

* Sob supervisão de Giovanna Pacheco . Com informações de : 

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