O tumulto após o clássico entre os clubes Avaí Futebol Clube ( AFC ) e Figueirense Futebol Clube ( FFC ), no último dia vinte e sete de janeiro de dois mil e dezenove, não teve relação com torcidas organizadas e nem rivalidade entre torcedores dos dois clubes. Esta é a conclusão do inquérito da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina ( PCSC ), entregue nesta quinta-feira, vinte e um de fevereiro de dois mil e dezenove, no Fórum de Florianópolis-SC. O delegado Daniel Régis, da terceira Delegacia de Polícia ( DP ) da Capital, concluiu as investigações com o indiciamento de seis pessoas, cinco adultos e um adolescente.
Segundo a investigação conduzida, apenas dois envolvidos na confusão eram membros de facções organizadas. A apuração da PCSC confirmou que, apesar de existirem pessoas com camisetas de torcidas, não se pode afirmar que as infrações tenham sido planejadas por um grupo específico. O inquérito confirmou que os envolvidos na confusão sequer estavam juntos no mesmo grupo antes do ocorrido.
Os envolvidos serão autuados individualmente por suas infrações. Entre as causas do indiciamento, estão dano qualificado, furto e tumulto, conduta prevista no Estatuto do Torcedor. O gerente do posto de gasolina foi indiciado pela infração de vias de fato, em função da tapa dada em um dos torcedores. O adolescente terá sua conduta apurada pela Delegacia Especializada em Proteção a Criança, Adolescente, Mulher e Idoso ( DPCAMI ) da capital por ato infracional equiparado a crime.
Discussão deu origem à confusão
A briga iniciou após o jogo ocorrido no Estádio Orlando Scarpelli, quando um torcedor embriagado tentou entrar na loja de conveniência do posto de gasolina e foi impedido pelo gerente, pois o estabelecimento estava fechando. Após uma discussão, o gerente deu uma tapa no torcedor para afastá-lo, o que fez com que o homem revidasse, dando início à confusão. Outros torcedores que estavam nas proximidades se envolveram na briga, causando danos ao estabelecimento e furtando alguns itens da loja.
Entre os adultos envolvidos na confusão, dois já possuíam antecedentes criminais, um deles com três passagens policiais por infrações ao Estatuto do Torcedor. Destaca-se que a Polícia Militar do Estado de Santa Catarina ( PMSC ) detectou diversas outros delitos nos arredores do estádio após o jogo. Os agentes da PMSC redigiram vários Termos Circunstanciados ( TCs ) no dia, sendo que um dos envolvidos na briga no posto de gasolina aparece nos relatórios.
Régis alerta que este tipo de conduta gera insegurança nos torcedores que comparecem aos estádios. Além dos indiciamentos, o inquérito da PCSC sugere ao Ministério Público do Estado de Santa Catarina ( MPSC ) que os torcedores envolvidos na confusão sejam proibidos de frequentarem eventos desportivos em todo o território nacional e fiquem recolhidos em suas residências durante jogos do FFC realizados no estádio Orlando Scarpelli.
Com informações da PCSC.
Outras informações adicionais para a imprensa podem ser obtidas com Paulo Jorge Marques Assessoria de Imprensa da PCSC pelos telefones números ( 48 ) 3665-8708 e 9 9961-4071 .
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